Ações da Toyota disparam mais de 14%, após acordo entre EUA e Japão

Trump anuncia acordo comercial e reduz tarifas para importações do Japão As ações da Toyota dispararam mais de 14% na bolsa de Tóquio nesta quarta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo “gigantesco” com o




Trump anuncia acordo comercial e reduz tarifas para importações do Japão
As ações da Toyota dispararam mais de 14% na bolsa de Tóquio nesta quarta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo “gigantesco” com o Japão, na véspera.
Os papéis da companhia também são listados na bolsa de Londres, onde subiam mais de 6% perto das 09h, e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), na qual operava com um avanço de mais de 12% no pré-mercado.
No Brasil, as negociações são feitas por meio de um BDR (certificado emitido no Brasil que representa ações de empresas estrangeiras negociadas no exterior), pelo ticker TMCO34.
Segundo Trump informou na terça-feira (22) em suas redes sociais, o acordo firmado entre os dois países estabelece que o Japão deve investir cerca de US$ 550 bilhões (R$ 3 trilhões) nos EUA nos próximos anos — sendo que 90% dos lucros devem ficar com o país.
“Esse acordo criará centenas de milhares de empregos — nunca houve nada parecido”, afirmou o republicano em publicação no Truth Social, indicando que o país asiático também deve abrir seu mercado para os EUA, com potencial para aumentar a exportação de produtores americanos de carros, caminhões, arroz e outros produtos.
O acordo também estabelece que o Japão deve pagar tarifas de 15% sobre os produtos exportados aos Estados Unidos, enquanto os norte-americanos não serão taxados. Antes, o montante era de 27,5%.
A postagem de Trump não mencionou a redução das tarifas sobre os automóveis japoneses, que representam mais de um quarto das exportações do Japão para os EUA — e estão sujeitos a uma tarifa de 25%.
No entanto, a emissora pública japonesa NHK informou que os dois países concordaram em estabelecer a taxa sobre automóveis também em 15%.
O anúncio de Trump veio após uma reunião, nesta terça-feira, com o principal negociador tarifário do Japão, Ryosei Akazawa, na Casa Branca, relatou o jornal japonês Asahi.
A publicação também informou que Akazawa se encontrou com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Como parte do acordo, o Japão eliminará testes de segurança adicionais atualmente exigidos para carros e caminhões importados dos EUA, acrescentou Akazawa — exigências que Trump afirmou limitar as vendas de veículos americanos no país.
Algumas negociações de última hora sobre o pacote de investimentos chamativo parecem ter ajudado a selar o acordo, segundo uma foto da reunião entre Akazawa e Trump publicada por um de seus assessores.
Mercado americano reagiu
O Japão é o maior investidor estrangeiro nos Estados Unidos, segundo dados do governo americano, com um volume de investimentos de US$ 819 bilhões no final de 2024.
As montadoras norte-americanas manifestaram descontentamento com o acordo, preocupadas com um regime comercial que diminui as tarifas sobre veículos importados do Japão, mas mantém a taxa de 25% para produtos vindos de suas fábricas e fornecedores localizados no Canadá e no México.
“Qualquer acordo que cobre uma tarifa mais baixa para importações japonesas com praticamente nenhum conteúdo dos EUA do que a tarifa imposta a veículos fabricados na América do Norte com alto conteúdo dos EUA é um mau negócio para a indústria dos EUA e para os trabalhadores automotivos dos EUA”, disse Matt Blunt, presidente do American Automotive Policy Council, que representa as marcas General Motors, a Ford e a Stellantis.
Placa com logo da Toyota.
Raquel Cunha/ Reuters
*Colaboraram André Catto e André Fogaça



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