A Polícia Civil de São Paulo apura se a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, cujo corpo foi encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, foi causada por seguranças do evento de motocicletas que Adalberto havia visitado na data em que foi visto pela última vez.
De acordo com a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, não está descartado que o crime tenha relação com outros funcionários, como da limpeza, manutenção, vigilantes, manobristas, ou até mesmo outros frequentadores do evento. Mais pessoas podem ser ouvidas no inquérito, segundo a delegada.
A Polícia Civil adotou sigilo na investigação do caso. Segundo os investigadores, a decisão é devido à complexidade do caso, que segue sem explicações.
A principal linha é que o empresário tenha sido morto durante ou após uma briga enquanto estava no autódromo.
Os investigadores acreditam ainda que Adalberto estava vivo, porém desacordado, quando foi jogado no buraco, embora os laudos não consigam precisar isso. A morte teria sido, ainda segundo os laudos, “lenta” e “agonizante”.
A polícia considera também que o amigo de Adalberto, Rafael, que estava com ele no dia em que sumiu, é apenas uma testemunha, e não um suspeito. Segundo a polícia, ele tem colaborado com as investigações.
Os laudos periciais, que saíram nesta semana, apontam que a causa da morte do empresário foi asfixia.
Um dos pontos questionados foi a presença de líquido seminal no órgão genital de Adalberto, mas os delegados esclareceram que, em casos de asfixia, podem ocorrer escapes de fluidos de todos os tipos do corpo humano.
A polícia ainda aguarda o laudo do exame de DNA nos vestígios de sangue que foram encontrados no carro da vítima. O documento estava previsto para sair ainda nesta semana, mas ainda não foi liberado. A investigação não descarta que o sangue seja de um episódio antigo.
Ainda segundo o laudo, os testes não detectaram a presença de álcool ou drogas no corpo de Adalberto.
Investigadores explicam que a ausência de álcool no corpo não anula a hipótese de a vítima ter consumido a bebida, já que o organismo pode ter metabolizado a substância.
2025-06-18 18:38:00