Polícia Civil faz perícia em prédio onde marquise desabou na Av. Nossa Senhora de Copacabana

A Polícia Civil faz uma perícia na tarde desta quarta-feira para tentar descobrir o que causou o desabamento de uma marquise de um prédio na avenida Nossa Copacabana, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Ninguém ficou feriado, mas por pouco


A Polícia Civil faz uma perícia na tarde desta quarta-feira para tentar descobrir o que causou o desabamento de uma marquise de um prédio na avenida Nossa Copacabana, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Ninguém ficou feriado, mas por pouco os escombros não atingiram três pedestres que passavam na hora. O local estava em obras e, segundo a Defesa Civil municipal ainda há risco de novas quedas.

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No térreo do prédio funcionam ainda uma loja de departamentos e uma farmácia. Pouco antes do desabamento, duas mulheres caminham tranquilamente pela calçada, e passam bem embaixo da marquise. Um carro para em frente ao prédio. O promotor Caio Guilherme Vieira dos Santos, que fazia fotos com o celular, escapou por pouco. Quando a estrutura começou a cair, ele correu para dentro do prédio. Ele descreveu o episódio como um “livramento”.

— Eu ouvi cedendo, aí corri para não morrer. Corri pra dentro da loja — contou Caio.

Marquise de prédio em obras desaba na principal avenida de Copacabana

Segundo ele, havia um operário trabalhando em cima da marquise no momento da queda. O funcionário estaria usando um martelete para quebrar o concreto da estrutura, que estava em processo de demolição. Ainda de acordo com o promotor, o trabalhador conseguiu pular da marquise no instante em que ela desabou.

Risco de novo desabamento

Uma equipe da Defesa Civil municipal fez uma vistoria no local do acidente e constatou que ainda há riscos de novas quedas da estrutura que restou. Segundo o órgão, escombros estão causando sobrecarga nessa área e por isso, “a equipe responsável pela reforma foi orientada a reforçar o escoramento antes de remover” o concreto.

Testemunhas dizem haver muito entulho no local. Segundo Herbet Dutra, engenheiro responsável pela obra da marquise, o entulho é comum em ações como esta. Ele ainda diz que os andaimes e escoramentos utilizados na obra são de uma empresa terceirizada.

— É procedimento comum a alocação de entulhos. Conforme você vai quebrando a marquise, é preciso ir colocando os entulhos no restante do espaço, antes de descer para o descarte — explica o engenheiro

Bombeiros atuam na região de Copacabana, após desabamento de marquise — Foto: Julia Aguiar/Agência O Globo
Bombeiros atuam na região de Copacabana, após desabamento de marquise — Foto: Julia Aguiar/Agência O Globo

A síndica do prédio, Denise Rohloff, confirmou que os funcionários estavam demolindo a marquise quando, de forma repentina, a parte esquerda da estrutura cedeu. O Alexandre de Albuquerque, filho da síndica, informou que a obra foi realizada por conta do estado de conservação da marquise. Eles já haviam identificado necessidade de reforma, então optaram o momento para reduzir para um parapeito.

Em nota divulgada nesta tarde, o condomínio afirma que só iniciou as obras de demolição da marquise após autorização da prefeitura do Rio e que, após o acidente “a área foi prontamente isolada para garantir a segurança dos condôminos e visitantes”

” A administração do Condomínio e a Assessoria Técnica e Jurídica do Condomínio, estão adotando todas as medidas necessárias para elucidar os fatos e garantir que o responsável pelo acidente responda por eventual negligência, imprudência ou imperícia, que colocou em risco a vida e a integridade física de transeuntes que por ali passavam”, diz trecho da nota.



Conteúdo Original

2025-06-18 15:59:00

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