Dólar sobe e fecha em R$ 5,54, com novo pacote de impostos e acordo China-EUA; Ibovespa avança

A moeda americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,5421. A bolsa de valores encerrou com ganhos de 0,49%, aos 137.800 pontos. Dólar freepik O dólar fechou a sessão em alta de 0,07% nesta quinta-feira (12), cotado a




A moeda americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,5421. A bolsa de valores encerrou com ganhos de 0,49%, aos 137.800 pontos. Dólar
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O dólar fechou a sessão em alta de 0,07% nesta quinta-feira (12), cotado a R$ 5,5421. O Ibovespa encerrou com ganhos de 0,49%, aos 137.800 pontos.
▶️ As atenções do mercado brasileiro ficaram voltadas para a medida provisória publicada pelo governo na noite de quarta-feira. O novo pacote, que visa substituir o aumento do IOF, traz uma redução de impostos para empresas e seguros VGBL, mas eleva a tributação sobre apostas esportivas, criptoativos e investimentos isentos, como LCI e LCA.
A medida gerou resistência no Congresso, especialmente entre líderes do Centrão, que prometem barrar a proposta. Diante do impasse político e das dúvidas sobre a compensação fiscal, o mercado reduziu as apostas na manutenção da Selic e passou a ver mais chance de alta na próxima reunião do Copom.
▶️ Os investidores também repercutem o novo acordo Estados Unidos e China, anunciado na quarta-feira (11). Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, o país asiático terá uma alíquota de 55%, enquanto os EUA pagarão 10%. O acordo ainda precisa ser aprovado por Trump e pelo presidente chinês, Xi Jinping.
Trump sinalizou ainda que pode adiar o prazo de 8 de julho para concluir negociações com outros países e que os EUA devem enviar cartas nas próximas semanas detalhando os termos de novos acordos a dezenas de nações — que poderão aceitar ou rejeitar as condições.
▶️ Por fim, também fica no radar o aumento das tensões no Oriente Médio. O governo dos EUA anunciou a retirada de pessoal da região por risco de segurança. Segundo uma autoridade iraniana, um país aliado alertou Teerã sobre a possibilidade de um ataque militar de Israel.
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Entenda abaixo como esses fatores impactam o mercado.
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,49%;
Acumulado do mês: -3,08%;
Acumulado do ano: -10,32%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: -0,58%;
Acumulado da semana: +1,25%
Acumulado do mês: +0,56%;
Acumulado do ano: +14,56%.
EUA x China
Representantes dos Estados Unidos e da China chegaram a um consenso na noite de terça-feira (10) para restaurar a trégua na guerra comercial entre os países, após dois dias de negociações em Londres, na Inglaterra.
Os termos do acordo, no entanto, ainda precisam ser aprovados pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
Na quarta (11), Trump divulgou alguns pontos do que ficou decidido: “A China fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades (o que sempre foi algo positivo para mim!).”
“Teremos um total de 55% de tarifas, e a China, 10%”, disse o republicano. Caso confirmado, esse percentual seria maior do que o acordado na trégua em Genebra, no mês passado. À época, as tarifas haviam sido reduzidas para 30%.
Além do acordo com a China, os investidores monitoram a possibilidade de um avanço nas negociações dos EUA com outros países atingidos pelas tarifas.
Trump afirmou nesta quarta que vai enviar cartas nas próximas semanas detalhando os termos de novos acordos a dezenas de nações — que poderão aceitar ou rejeitar as condições.
A situação é acompanhada de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano.
🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global.
Trump diz que EUA fecharam acordo tarifário com a China
Impasse do IOF
O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio.
O novo modelo reduz o imposto sobre empresas e seguros do tipo VGBL e amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agropecuário (LCA). (saiba mais)
O objetivo é reverter o desgaste político gerado pelo decreto anterior e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio das contas públicas com novas fontes de arrecadação.
A nova proposta, no entanto, ainda enfrenta forte resistência de líderes do Centrão, que alegam não ter sido consultados e já articulam para barrar a medida provisória.
O economista Jorge Ferreira dos Santos, professor do curso de Administração da ESPM, avalia que o governo promoveu uma “troca de impactos”.
Enquanto a versão anterior do IOF afetava diretamente o crédito bancário e o consumo — com impactos severos sobre o risco sacado e, consequentemente, sobre o capital de giro do varejo —, a nova MP alivia esse efeito, mas impõe maior tributação sobre investimentos.
“O governo tenta preservar o consumo das famílias e o crédito bancário, mas ao custo de desestimular a poupança e os investimentos de longo prazo. Títulos como LCI, LCA, CRI e CRA, antes isentos de IR, agora perdem competitividade, o que pode comprometer setores como o imobiliário e o agronegócio, que dependem desses instrumentos para captação de recursos”, afirma.
Analistas do mercado financeiro avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de apenas propor novas formas de arrecadação.
Governo publica novo pacote de medidas tributárias para substituir o IOF
Tensões no Oriente Médio
O aumento das tensões no Oriente Médio também ficaram no radar nesta quinta-feira. Na véspera, os Estados Unidos começaram a esvaziar a emabixada do país no Iraque e autorizaram que funcionários não essenciais do governo deixassem alguns países da região.
A deicsão vem após a notícia de que Israel está preparado para lançar uma operação contra o Irã. Segundo o jornal norte-americano “The Washington Post”, as embaixadas e bases militares dos EUA no Oriente Médio estão em alerta máximo.
O ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, disse nesta quarta-feira que, se o país for alvo de ataques, a resposta virá com um bombardeio contra bases americanas na região.
Em abril, de acordo com o jornal “The New York Times”, o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países.
Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo. Ao “New York Post”, ele disse estar “muito menos confiante” de que um tratado será fechado.
Trump já havia indicado que poderia atacar o Irã caso as negociações fracassassem. Em abril, o presidente afirmou que Israel poderia liderar o bombardeio com a coordenação dos Estados Unidos. Por outro lado, a Casa Branca teme que o governo israelense conduza um ataque sem o consentimento dos americanos.



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