‘Amostradinhos do Mês’! Varejistas brasileiros expõem criminosos na internet reduzem furtos em 50%

Nos últimos meses, redes varejistas brasileiras têm adotado uma estratégia polêmica para combater furtos em suas lojas: expor criminosos nas redes sociais. Empresas como Havan, Condor e Busca Busca passaram a divulgar vídeos com imagens de segurança mostrando suspeitos flagrados


Nos últimos meses, redes varejistas brasileiras têm adotado uma estratégia polêmica para combater furtos em suas lojas: expor criminosos nas redes sociais. Empresas como Havan, Condor e Busca Busca passaram a divulgar vídeos com imagens de segurança mostrando suspeitos flagrados furtando produtos. A iniciativa, segundo os varejistas, surgiu da frustração com a impunidade e a reincidência dos crimes, já que muitos dos detidos são soltos rapidamente após as audiências de custódia.

A Havan, uma das pioneiras na prática, começou a publicar mensalmente vídeos intitulados “Amostradinhos do Mês”, nos quais exibe imagens de pessoas furtando em suas lojas. A estratégia teve impacto imediato: segundo a empresa, os furtos caíram 50% desde a adoção da medida. Os vídeos acumulam milhões de visualizações e geram grande engajamento nas redes sociais, com internautas apoiando a iniciativa e afirmando que a exposição pública pode ser um fator de dissuasão para criminosos.

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O Supermercado Condor também aderiu à prática, publicando vídeos semelhantes em seu perfil oficial no Instagram. A empresa afirma que a intenção é clara: inibir o crime pelo constrangimento público e mostrar que o monitoramento é constante. Pequenos comerciantes começaram a seguir o exemplo, acreditando que a exposição pode ser uma forma eficaz de reduzir prejuízos.

Outra varejista que entrou na onda foi a Busca Busca, uma rede paulistana que viralizou ao publicar vídeos de furtos em suas lojas. A empresa divulgou três vídeos, somando quase 2 milhões de visualizações, e ainda ofereceu vouchers de R$ 500 para clientes que ajudassem a identificar os suspeitos.

O fundador da marca, Alex Ye, conhecido nas redes como “Chefe do Benefício”, afirmou que a intenção é tornar os criminosos “famosos” e desestimular novos furtos. “Agora ele vai ficar muito famoso igual um BBB”, disse Ye em um dos vídeos.

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‘Se não quiser aparecer é só não furtar’

A repercussão dessas iniciativas tem sido intensa. Enquanto a maioria esmagadora dos consumidores apoia a estratégia, alegando que finalmente os varejistas estão reagindo à impunidade, especialistas alertam para os riscos legais da prática diante de uma legislação branda e ultrapassada, que beneficia o bandido em detrimento da vítima.
Afinal, a exposição pública de suspeitos pode gerar processos judiciais.

A postagem da Havan no X (antigo Twitter) acumulou mais de 1,3 milhão de visualizações, com a grande maioria dos comentários apoiando a iniciativa. No TikTok, o primeiro vídeo da empresa teve mais de 16 milhões de visualizações, com internautas afirmando que a vergonha pública pode ser um fator de dissuasão para criminosos.

A frase usada pela Havan em suas postagens, “Se não quiser aparecer, é só não furtar”, gerou debates acalorados.

A empresa afirma que toma todas as providências legais, acionando a Polícia Militar e registrando boletins de ocorrência, mas que a impunidade continua sendo um problema.

 



Conteúdo Original

2025-06-09 07:00:00

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