Professora denuncia agressão de aluno em colégio estadual na Zona Norte do Rio

Uma professora de educação física do Colégio Estadual Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio, denuncia ter sido agredida por um aluno, durante uma aula. O caso aconteceu no último dia 7 de abril, por volta


Uma professora de educação física do Colégio Estadual Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio, denuncia ter sido agredida por um aluno, durante uma aula. O caso aconteceu no último dia 7 de abril, por volta das 11h40, e a profissional afirma ter tido o cotovelo quebrado.

Viviane da Silva Carvalho, que trabalha há 15 anos na unidade, relata que tentava separar uma briga entre o estudante agressor e um colega de turma, no fim da aula que acontecia na quadra da escola, quando foi empurrada. A professora foi ao chão, batendo a lateral do corpo, fraturando o cotovelo esquerdo.

Ela afirma que levou o caso à direção do colégio, mas não recebeu assistência, tendo de ir sozinha a um hospital procurar atendimento. Além disso, o estudante envolvido seguiu normalmente na escola. Ela está há aproximadamente seis semanas imobilizada e afastada das atividades.

“Dois alunos iniciaram uma briga corporal, eu fui tentar separar, levei um safanão e voei para o chão, batendo com a lateral do corpo e o cotovelo esquerdo no chão. Fui na direção informar o acontecido, segurando meu braço, e avisando que ia procurar um hospital. Saí de lá sozinha sem nenhum acolhimento”, relatou.

Professora briga contra a burocracia

Além de ter sofrido uma agressão física durante o exercício da profissão, Viviane agora trava uma briga contra a burocracia. A professora afirma que o departamento administrativo do colégio lhe enviou o documento de afastamento fora do prazo e com o código errado.

Dessa forma, para consertar o equívoco, foi preciso abrir um processo que, segundo o advogado do sindicato que a atendeu, pode demorar anos.

“Caso eu tenha que me aposentar perco 30% do meu salário pelo erro e desinteresse deles”, lamentou.

Sindicato denuncia ‘abandono de servidores’

Procurado, o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) afirmou que está prestando total apoio à professora. A entidade ainda afirmou que o caso dela, no entendimento da direção do sindicato, é mais uma confirmação do quanto o governo do estado abandona seus servidores em momentos críticos.

“É também um triste retrato do quanto a própria sociedade brasileira vem tratando os professores com desdém e violência diários, em uma normalização que não podemos aceitar – há alguns anos, seria impensável que estudantes desobedecessem a uma ordem direta de sua professora”, disse o Sepe.

O TEMPO REAL também procurou a Secretaria estadual de Educação. A pasta afirmou que que os responsáveis pelos estudantes foram chamados à escola e todas as medidas legais necessárias foram tomadas. Um dos alunos envolvidos solicitou a transferência de unidade. O registro de ocorrência foi realizado e o Conselho Tutelar acionado. Além disso, o caso foi incluído no Registro de Violência Escolar (RVE), uma ferramenta interna que mapeia tais casos para evitar que voltem a ocorrer.

A Seeduc disse ainda que repudia toda forma de agressão, não compactua com qualquer tipo de violência e discriminação, e reforça também que desenvolve ações pedagógicas de conscientização, escuta ativa e diálogo com os alunos, trabalhando para que a cultura de paz esteja sempre presente dentro e fora dos muros das escolas.





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