Polícia descobre arsenal do Comando Vermelho no condomínio Novo Leblon, na Barra

Durante uma operação contra o tráfico de armas e drogas, nesta terça-feira (13), a Polícia Civil encontrou um arsenal, com direito a fuzis, numa casa de luxo no condomínio Novo Leblon, um dos mais tradicionais da Barra da Tijuca. Segundo


Durante uma operação contra o tráfico de armas e drogas, nesta terça-feira (13), a Polícia Civil encontrou um arsenal, com direito a fuzis, numa casa de luxo no condomínio Novo Leblon, um dos mais tradicionais da Barra da Tijuca. Segundo as investigações, o imóvel pertence a um criminoso envolvido com o Comando Vermelho. Com a fachada de classe média alta, ele seria responsável por uma empresa que fornecia drogas e armas à facção criminosa no Estado do Rio.

Ao todo, os agentes cumprem 22 mandados de prisão e 39 mandados de busca e apreensão contra os responsáveis pelo esquema. No Novo Leblon, conhecido por seu grande investimento em segurança e pelo controle rigoroso de entrada e saída, foram apreendidos diversos armamentos que seriam destinados ao avanço do Comando Vermelho no estado, principalmente na Zona Oeste. As informações são da TV Globo.

Foto: Divulgação/Governo do estado

Entre os alvos da operação estão Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca; Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, o Dom; e Jhonnatha Ianovich, preso em São Paulo. Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentou R$ 5 milhões em menos de um mês.

Sobre as investigações

As investigações, que duraram dois anos, revelaram uma rede criminosa que operava não apenas no Rio de Janeiro, mas também em outros estados, como São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. A principal suspeita é de que o esquema tinha como objetivo expandir e fortalecer o poder territorial do Comando Vermelho, especialmente na Zona Oeste do Rio e em áreas dominadas por traficantes de outras regiões.

“Não vamos permitir que organizações criminosas avancem sobre o território fluminense. Esta operação é mais uma demonstração de que o Estado está agindo com inteligência, integração e firmeza para sufocar financeiramente o crime organizado”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL).

Bloqueio de R$ 40 milhões

Além das prisões, a operação busca bloquear cerca de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. Até o momento, em etapas anteriores da Operação Contenção, já foram solicitados bloqueios que somam mais de R$ 6 bilhões em bens ligados à facção criminosa.

A ação é coordenada pela 60ª DP (Campos Elíseos), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), e contou com a colaboração de várias agências de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Federal, o Exército Brasileiro e o Homeland Security Investigations dos Estados Unidos.

‘Conter a expansão do Comando Vermelho’

“A operação desta terça foi planejada a partir de uma investigação muito profunda. Nosso objetivo é conter a expansão do Comando Vermelho, desarticular o esquema de lavagem de dinheiro e ainda combater o fornecimento de armas. Os resultados que estamos obtendo, com prisões e apreensões, são fundamentais para a população fluminense”, detalhou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.

Os alvos vão responder por associação para o tráfico de drogas com uso de arma de fogo e atuação interestadual, falsidade ideológica, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de armas.



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