O julgamento do magnata da música Sean “Diddy” Combs começou na manhã desta segunda-feira (12) na Corte Distrital Federal, no sul de Manhattan, em Nova York. Promotores o acusam de manter um padrão de coerção sexual e de usar pessoas próximas para facilitar e encobrir episódios de violência e abuso. O rapper e empresário da música americana continua se declarando inocente de todas as acusações, que incluem ainda tráfico de pessoas para fins sexuais.
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Os promotores acusaram Diddy, de 55 anos, de liderar uma organização criminosa que organizava o que foi descrito como “freak-offs” (festas com conotação sexual, em que ele reunia modelos, celebridades, strippers e profissionais do sexo). Disseram ainda que ele abusou de várias mulheres, incluindo sua ex-namorada, a cantora Casandra Ventura, conhecida como Cassie. Os advogados de Combs reconheceram que “houve violência doméstica neste caso”, mas negaram que ele comandasse uma rede de crime organizado.
Em uma das audiências realizadas antes do início do julgamento, o advogado de defesa, Marc Agnifilo, já havia dito que Diddy era um “swinger” (praticante de troca de casais), mas que não poderia ser chamado de predador sexual.
“Existe um estilo de vida, chame de ‘swinger’, do qual ele fazia parte e que ele achava apropriado”, disse o advogado, de acordo com a emissora ABC News. “E o motivo pelo qual ele achava apropriado é porque é algo muito comum.”
Rapper Diddy é preso em meio a acusações de tráfico sexual e agressão
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Empresário do hip-hop, P. Diddy, ou Sean Combs, foi acusado por sua ex-namorada Cassie Ventura de agressão sexual, física e psicológica. Rapper acumula denúncias. — Foto: CHRIS DELMAS /AFP
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Sean Combs, conhecido como Diddy, faz um brinde durante sua festa pós-Met Gala, em Nova York,em 1º de maio de 2023 — Foto: Jutharat Pinyodoonyachet/The New York Times
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Rapper Sean Combs, o P. Diddy — Foto: AFP
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O rapper e produtor Sean “Diddy” Combs: quatro acusações de agressão sexual em três semanas — Foto: AFP
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O rapper e magnata da indústria da música Sean Combs, conhecido também como Diddy — Foto: NYT
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Yung Miami e Sean Combs no MET Gala em 2013 — Foto: Nina Westervelt/The New York Times
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Sean Combs, conhecido pelo seu nome artístico Diddy, está preso na mesma unidade de uma prisão do Brooklyn que Sam Bankman-Fried, magnata das criptomoedas condenado por fraude — Foto: AFP
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Diddy se declarou inocente de todas as acusações, e seus advogados argumentaram arduamente para que ele fosse liberado sob fiança, propondo a um juiz que ele pagasse US$ 50 milhões — Foto: AFP
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Juiz rejeitou a proposta, dizendo que tinha preocupações sobre o risco de Combs tentar influenciar testemunhas — Foto: AFP
Ele é alvo de série de acusações de tráfico sexual e processos por agressão
Em uma primeira fala durante o julgamento, que durou cerca de 50 minutos, a defesa de Diddy tentou sugerir que as mulheres que o acusam de abuso podem ter um motivo diferente de simplesmente relatar as agressões. Mencionou ainda o processo civil movido por Casandra Ventura, afirmando que a cantora não denunciou o suposto incidente às autoridades.
— Quando essas pessoas testemunharem, perguntem a si mesmos por quê — disse a advogada, Teny Geragos. — Para muitas delas a resposta é dinheiro.
A advogada ainda classificou o julgamento como um exagero da promotoria:
— Sean Combs é um homem complicado. Mas este não é um caso complicado. Este caso é sobre amor, ciúmes, infidelidade e dinheiro — afirmou, ao júri, formado por oito homens e quatro mulheres. — Houve muito barulho em torno deste caso no último ano. Está na hora de silenciar esse barulho.
A acusação que pesa sobre o empresário diz ainda que ele usava uma variedade de substâncias controladas durante as tais festas para que as pessoas ali ficassem à sua disposição, submissas. Muitas vezes, sem total noção do que acontecia.
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2025-05-12 17:41:00