‘Acabou a bagunça’ diz prefeito de Cabo Frio após detenção de 13 turistas por fumarem maconha na orla

A cena, que chamou atenção pela quantidade de pessoas conduzidas simultaneamente pela orla, em plena alta temporada e às vésperas do Réveillon, também serviu de alerta para tolerância da legislação com o uso de drogas ilícitas em locais públicos (Divulgação)



A cena, que chamou atenção pela quantidade de pessoas conduzidas simultaneamente pela orla, em plena alta temporada e às vésperas do Réveillon, também serviu de alerta para tolerância da legislação com o uso de drogas ilícitas em locais públicos (Divulgação)

Com informações do Coisas da Política. Uma operação conjunta das forças de segurança em Cabo Frio (RJ) deteve 13 turistas de Belo Horizonte na orla da Praia do Forte. Nove deles foram flagrados fumando maconha em meio a banhistas e crianças, durante ação da Operação Verão Seguro, que envolve Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil. Os suspeitos foram identificados por câmeras e tecnologia de reconhecimento facial.

A cena, que chamou atenção na alta temporada e às vésperas do Réveillon, virou símbolo de um impasse jurídico e social no país: como manter a ordem pública diante de uma legislação que não prevê prisão para usuários?

“Alguns querem fumar maconha na frente das famílias. Não vamos permitir isso. Cabo Frio tem ordem. Acabou a bagunça”, afirmou o prefeito Dr. Serginho, em tom firme.

Segundo o secretário de Segurança e Ordem Pública, coronel Leandro Carvalho, a tecnologia de reconhecimento facial foi fundamental para identificar os turistas e já havia sido usada com êxito durante o Carnaval.

Apesar da operação, todos os detidos foram liberados após autuação por porte de drogas para consumo pessoal, conforme previsto na Lei de Drogas. O caso foi encaminhado ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).

Legislação branda, tensão nas praias

A detenção em massa reacende o debate sobre o atual modelo legal. A Lei nº 11.343/2006, que trata da política nacional de drogas, não prevê prisão para usuários, limitando-se a advertências e penas alternativas. O recente julgamento do STF, que descriminalizou o porte de maconha até 40g, reforçou a insatisfação de prefeitos e secretários de segurança.

“Enquanto a Justiça libera, as famílias ficam expostas. E quem está na ponta é que precisa lidar com isso”, afirma uma fonte da prefeitura.

A repercussão do caso deve alimentar o debate da PEC das Drogas, que avança no Congresso para criminalizar novamente o porte de entorpecentes em qualquer quantidade, em reação à decisão do Supremo.



Conteúdo Original

2025-12-29 12:11:00

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