Ocorrência teve início na manhã de segunda-feira (15), no Centro da cidadeFoto: Divulgação/Semop
Volta Redonda – Um caso de falsa comunicação de crime foi registrado e esclarecido nesta semana em Volta Redonda, durante uma ação da Operação Segurança Presente. A ocorrência teve início na manhã de segunda-feira (15), no Centro da cidade, após uma mulher relatar ter sido vítima de roubo na Rua Major Aguiar, no Centro.
A mulher, de 57 anos, procurou policiais militares para informar que teria sido assaltada por dois homens, passando características de ambos. Diante da denúncia, equipes da Operação Segurança Presente foram acionadas e iniciaram imediatamente diligências no local indicado, incluindo patrulhamento e o acionamento da central para análise das câmeras de monitoramento da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).
Durante a apuração, a mulher compareceu à base da operação acompanhada do marido e reiterou o relato. No entanto, após a análise minuciosa das imagens das câmeras instaladas na região e novos questionamentos feitos pela equipe, não foi constatado qualquer indício do crime informado. Confrontada com as informações levantadas, a envolvida admitiu que se tratava de uma falsa comunicação de crime, que teria sido motivada por questões de ordem conjugal.
Diante dos fatos, a mulher foi conduzida à delegacia da Polícia Civil (93ª DP), onde prestou esclarecimentos e o caso foi registrado como falsa comunicação de crime. Após ser ouvida pela autoridade policial, ela foi liberada.
O secretário municipal de Ordem Pública de Volta Redonda, Coronel Henrique, destacou o papel da tecnologia na elucidação desse tipo de ocorrência e alertou para as consequências legais da prática.
“Mais uma vez as câmeras foram decisivas para evitar que uma falsa ocorrência fosse registrada como crime consumado. A falsa comunicação de crime mobiliza equipes das forças de segurança, consome recursos públicos e prejudica o atendimento de ocorrências reais. Com o apoio da tecnologia, temos conseguido esclarecer rapidamente os fatos e adotar as providências cabíveis”, afirmou.
A depender das circunstâncias, o noticiante de uma falsa comunicação de crime pode ser responsabilizado por delitos diversos, como contravenção, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e estelionato, cujas penas variam de seis meses a oito anos de prisão e podem ser aplicadas cumulativamente, a depender do caso.
A Semop reforça a importância do uso responsável dos canais de denúncia, lembrando que a colaboração da população é fundamental para o fortalecimento da segurança pública e para a correta aplicação dos recursos no combate à criminalidade real.
2025-12-19 14:39:00



