Depois que assaltantes invadiram o Louvre, em outubro, e roubaram joias da coroa avaliadas em cerca de US$ 100 milhões, a direção do museu afirmou que eles entraram sem serem detectados porque uma câmera de segurança essencial estava apontada para o lado errado. Agora, no entanto, investigadores do Ministério da Cultura da França descobriram que a entrada dos ladrões, na verdade, foi gravada.
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O verdadeiro problema, disseram os investigadores nesta quarta-feira, em audiência no Senado francês, foi que os guardas de segurança na sala de controle do museu levaram tempo demais — até oito minutos — para mudar para a transmissão ao vivo.
Quando isso aconteceu, os ladrões já estavam fugindo, disseram os responsáveis pela apuração.
A conclusão aumentou o escrutínio sobre as falhas de segurança que levaram ao roubo. Foi uma entre várias novas revelações apresentadas na audiência, que reacenderam pedidos pela renúncia de Laurence des Cars, a pressionada diretora do museu.
Des Cars disse ao mesmo comitê do Senado, em outubro, que a invasão não havia sido capturada por câmeras, repetindo essa explicação em entrevista no mês passado ao “The New York Times”.
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Ladrões usaram guindaste para invadir o museu e fugiram com as relíquias
O Louvre recusou-se a comentar.
Os investigadores também concluíram que:
- Policiais e guardas de segurança chegaram ao local da invasão 30 segundos depois que os ladrões haviam fugido. Vários erros impediram que eles chegassem minutos antes.
- Funcionários do museu deram aos policiais o nome da sala longa e estreita onde as joias estavam guardadas, mas não especificaram a qual extremidade da galeria eles deveriam ir.
- Como resultado do erro dos funcionários, os policiais foram para o lado errado do prédio e tiveram de voltar quando perceberam o equívoco.
- Duas auditorias anteriores identificaram problemas na segurança do museu em 2017 e 2019, mas as conclusões não foram comunicadas a des Cars e sua equipe quando ela foi nomeada diretora em 2021.
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O belíssimo interior da Sala de Consultas de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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A fachada da ala do Museu do Louvre onde fica a Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos, uma parte pouco explorada do museu mais famoso da França — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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O busto de mármore ‘Méduse’, do italiano Gian Lorenzo Bernini, faz parte da exposição da Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Uma gravura do século XVI do artista Baccio Bandinelli que é está exposta na Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes caminham entre os objetos expostos no Musée d’Ennery, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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A fachada do Musée d’Ennery, instalado numa mansão do século XIX perto de Bois de Boulogne, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Parte da coleção de arte asiática do Musée d’Ennery, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris, que tem mais de cem mil objetos, sendo cinco mil em exibição — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Retirado da África do Sul, o diamante encravado numa rocha vulcânica é um dos destaques da coleção do Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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As esmeraldas que já adornaram a coroa do imperador Napoleão III também fazem parte do acervo do Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Parte dos cinco mil objetos expostos no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris, que tem mais de cem mil objetos, sendo cinco mil em exibição — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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As conclusões agravaram a sensação de crise no museu, onde funcionários de três sindicatos trabalhistas devem iniciar, na noite de domingo, uma greve de vários dias para protestar contra o que líderes sindicais descrevem como uma “carga de trabalho cada vez maior”, instruções confusas da liderança do museu e um estilo de gestão pouco receptivo.
As ameaças de paralisação vieram dias depois de o museu reconhecer que até 400 documentos de sua biblioteca de antiguidades egípcias foram danificados por um vazamento em um cano de água.
2025-12-11 06:07:00



