O fraco desempenho da política econômica do governo brasileiro ganhou novo capítulo nesta semana: o país deixou oficialmente a lista das dez maiores economias do mundo, caindo para a 11ª posição no ranking global do PIB em dólares. O alerta foi aceso pela Austin Rating, que divulgou relatório mostrando que o Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, resultado insuficiente para manter o país entre as maiores potências.
Impactos e perspectivas
A saída do Brasil do Top 10 mundial não significa apenas perda simbólica de status. Ela expõe fragilidades estruturais da política econômica, que falhou em sustentar ritmo de crescimento compatível com o cenário global.
– Pressão sobre o governo: aumenta a cobrança por medidas de estímulo à produtividade e competitividade.
– Risco futuro: analistas alertam que, sem reformas estruturais, o país pode perder ainda mais espaço em 2026, especialmente diante da provável mudança no comando do Federal Reserve, que pode impactar fluxos de capitais internacionais.
Queda no ranking global
– O Brasil foi ultrapassado pela Rússia, que saltou da 11ª para a 9ª posição após forte valorização do rublo.
– O Canadá também avançou, ficando em 10º lugar, enquanto o Brasil recuou para 11º.
– O PIB brasileiro deve fechar o ano em US$ 2,26 trilhões, aquém do necessário para recuperar a posição no grupo das dez maiores economias.
Causas da perda de posição
– Desaceleração interna: o Brasil perdeu fôlego e registrou apenas 0,1% no 3º trimestre.
– Competitividade limitada: produtividade estagnada e baixo investimento em inovação e infraestrutura.
– Cenário internacional: valorização do rublo russo e enfraquecimento do dólar, resultado da queda dos juros nos EUA, alteraram o equilíbrio global.
– Projeções do FMI: revisões de crescimento e câmbio reforçaram a distância entre o Brasil e rivais diretos como Itália e Canadá.
Comparação internacional
– O Brasil ficou apenas em 34º lugar no ranking de crescimento econômico.
– Países como China, Portugal e Espanha tiveram desempenho superior no período.
– Destaques positivos: Israel (3%), Malásia (2,4%) e Cingapura (2,4%).
– Maiores quedas: Tailândia (-0,6%), Suíça (-0,5%) e Japão (-0,4%).
O Brasil encerra 2025 com um recado claro: não basta evitar a recessão, é preciso crescer de forma consistente. Para voltar ao grupo das maiores economias, será necessário intensificar políticas de investimento, inovação e produtividade. Caso contrário, o país corre o risco de se consolidar como uma potência de segunda linha no cenário global.
2025-12-05 11:25:00



