O livro revisita a ascensão e a queda do maior símbolo sexual de Hollywood, cuja morte, aos 36 anos, em 1962, permanece como um dos grandes mistérios da cultura pop, e uma narrativa que se adapta perfeitamente a uma era obcecada por teorias da conspiração.
Apesar de inúmeras obras já dedicadas à vida e à morte de Monroe, incluindo o polêmico filme “Blonde”, da Netflix, e o documentário “The Mystery of Marilyn Monroe”, Patterson defende a relevância de sua investigação. “Muita gente não conhece a história”, argumenta. “Havia muita coisa que eu mesmo não sabia: as 11 casas de acolhimento, o gaguejo severo na infância, a cena da morte mal documentada, o detetive que acreditava que tudo foi encenado.”
A obra, embora anunciada como “thriller de crime real”, traz uma ressalva em letras miúdas: “é uma obra de ficção”. Patterson justifica o uso de diálogos inventados, inspirado em Norman Mailer, e afirma que “a maioria da não ficção — será real?”. Seu objetivo, no entanto, é claro: transformar a história em uma minissérie.
Patterson, que já vendeu cerca de 475 milhões de livros, expandiu seu foco para a não ficção em 2017, com “Filthy Rich”, sobre Jeffrey Epstein — à frente do seu tempo, como se viu. Desde então, mergulhou em casos reais como os de Aaron Hernandez, John Lennon e a família Kennedy, sempre com a colaboração de coautores que conduzem a maioria da pesquisa.
Questionado sobre seu próximo projeto na série “Last Days”, Patterson não hesita: “Elvis é uma possibilidade. Gene Hackman?”. E o maior desafio? “Putin”, responde, secamente. “Ele sabe onde os corpos estão enterrados.”
2025-11-23 11:38:00



