Imagens de jovens empunhando fuzis ou circulando em motos sem placas — muitas delas roubadas — tornaram-se comuns em perfis associados a organizações criminosas nas redes sociais. Segundo reportagem do GLOBO, publicada na segunda-feira (17/11), trata-se de uma estratégia de marketing do tráfico para atrair seguidores e cooptar adolescentes. Além de remover as contas identificadas pela reportagem, plataformas digitais têm testado novos sistemas de proteção voltados ao público jovem, entre elas a Meta, dona do Instagram e do Facebook.
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Segundo a empresa, a novidade consiste em uma camada adicional de segurança para usuários de até 25 anos, desenvolvida a partir de uma campanha educativa com especialistas locais para evitar o contato de jovens com organizações criminosas.
Em nota, a Meta afirmou:
“Usuários menores de 18 anos são automaticamente colocados na experiência da Conta de Adolescente, que possui configurações mais rígidas por padrão para limitar quem pode entrar em contato com eles e os conteúdos que visualizam. Trabalhamos com autoridades nos termos da legislação aplicável.”
A empresa também ressaltou que não permite “a presença de organizações e indivíduos perigosos” em suas plataformas. Segundo sua política interna, contas desse tipo são removidas assim que identificadas, por meio de uma combinação entre tecnologia de inteligência artificial e equipes especializadas.
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O TikTok informou ao GLOBO que também removeu os perfis citados pela reportagem. Segundo a plataforma, há uma equipe de moderação dedicada a aplicar as Diretrizes da Comunidade relacionadas ao tema, com a divulgação de relatórios trimestrais que detalham os resultados dessas ações.
De acordo com a empresa, cerca de 40 mil profissionais integram o time de segurança, responsável por identificar contas que violem as regras da plataforma. Ainda segundo o TikTok, 99,1% dos vídeos que infringiram suas políticas foram removidos de forma proativa, e 90,5% deles foram derrubados antes mesmo de qualquer visualização.
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2025-11-19 04:30:00



