A cobrança de taxas de preservação ambiental tem se consolidado como uma resposta eficaz ao turismo desordenado que ameaça a infraestrutura e os ecossistemas de cidades litorâneas e históricas. A prática, já comum em Fernando de Noronha desde 1989, se espalha por destinos como Cabo Frio e Búzios (RJ), Ubatuba e Aparecida (SP), Porto Seguro (BA) e agora Bombinhas (SC), que deu início à cobrança neste sábado (15).
Tendência nacional e internacional
Além dos exemplos brasileiros, cidades como Veneza, na Itália, também passaram a cobrar taxas de entrada para turistas em datas específicas, reforçando a tendência global de controle de fluxo e preservação ambiental.
A adoção de taxas de preservação ambiental tem gerado impactos positivos significativos nas cidades que implementaram a medida. No Brasil, em destinos como Fernando de Noronha, Búzios e Ubatuba, os recursos arrecadados têm sido fundamentais para o fortalecimento da infraestrutura urbana, coleta de resíduos, manutenção de trilhas e praias, além da preservação de ecossistemas frágeis.
Qualidade de vida também para os moradores
A cobrança também contribui para a conscientização dos visitantes sobre a responsabilidade ambiental, promovendo um turismo mais sustentável e qualificado. Como resultado, essas cidades conseguem equilibrar o fluxo turístico com a qualidade de vida dos moradores e a conservação de seus atrativos naturais.
Variação de preços reflete perfil turístico e modelo de gestão ambiental
Os valores das taxas de preservação ambiental variam significativamente entre os destinos turísticos brasileiros, refletindo tanto o perfil dos visitantes quanto a infraestrutura local. Em Bombinhas (SC), os preços vão de R$ 4,50 para motocicletas até R$ 191,50 para ônibus, com cobrança única por entrada.
Já em Fernando de Noronha (PE), a taxa é diária e progressiva, podendo ultrapassar R$ 100 por dia conforme o tempo de permanência. Em Ubatuba (SP), a proposta em discussão prevê valores entre R$ 3 e R$ 30, enquanto em Búzios (RJ), a taxa sugerida gira em torno de R$ 10 por veículo.
Essas variações mostram que, embora o objetivo comum seja a preservação ambiental, cada cidade adapta a cobrança à sua realidade turística e capacidade de gestão.
Bombinhas iniciou cobrança da TPA
Com 39 praias e mais de 2,3 milhões de visitantes na última temporada, Bombinhas começou a cobrar a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) neste sábado, 15 de novembro. A medida segue até 15 de abril e busca garantir a conservação da cidade e a manutenção dos serviços públicos durante a alta temporada.
2025-11-16 00:00:00



