Rodrigo Pimentel detona Luciano Huck após ser provocado por Danilo Gentili

Em entrevista que mais pareceu uma sessão de terapia coletiva para quem já se cansou de discursos seletivos, Rodrigo Pimentel — ex-capitão do BOPE e inspiração para o Capitão Nascimento do filme “Tropa de Elite” — resolveu tirar a máscara


Em entrevista que mais pareceu uma sessão de terapia coletiva para quem já se cansou de discursos seletivos, Rodrigo Pimentel — ex-capitão do BOPE e inspiração para o Capitão Nascimento do filme “Tropa de Elite” — resolveu tirar a máscara da hipocrisia com precisão cirúrgica. O alvo? Luciano Huck, apresentador e aspirante a salvador da pátria, que parece ter dois discursos: um para quando o bandido rouba o Rolex dele, e outro para quando o bandido morre numa operação policial.

Durante sua participação no programa The Noite, de Danilo Gentili, Pimentel não economizou nas palavras. Ao comentar a megaoperação que envolveu 2.500 policiais para prender o criminoso conhecido como Doca, ele se mostrou indignado com a postura de Huck, que homenageou as mães dos bandidos mortos. “Por isso me choca um apresentador de TV… o cara fez homenagem à mãe dos bandidos”, disparou. “Ele poderia ter incluído isso aqui: as mães dos policiais. Eu já ficaria um pouquinho mais tranquilo, mas ele não falou.”

Mas o momento mais saboroso veio quando Pimentel relembrou o episódio em que Huck teve um Rolex roubado. “O Brasil precisa de mais Capitão Nascimento”, disse o apresentador na época, com a convicção de quem acabou de descobrir que violência urbana não é só estatística. “Eu acho que ele estava sugerindo que os ladrões de Rolex deviam morrer. Ou seja, quando ele é a vítima, muda tudo”, ironizou Pimentel.

Danilo Gentili, sempre pronto para jogar gasolina no fogo, completou com um “Aí a mãe pode chorar”, arrancando risos e reflexões.

Solidariedade seletiva: o novo luxo brasileiro

A entrevista escancarou o que muitos já suspeitavam: no Brasil, a empatia é um artigo de luxo, distribuído conforme o CEP da vítima. Quando o crime atinge o cidadão comum — ou os policiais que arriscam a vida diariamente — o discurso é de pacificação, direitos humanos e compreensão. Mas quando o Rolex some do pulso de um famoso, aí sim é hora de convocar o Capitão Nascimento e pedir justiça com gosto de vingança.

Rodrigo Pimentel, com sua vivência nas ruas e sua língua afiada, não apenas criticou — ele expôs. E ao fazer isso, colocou em xeque a coerência de quem tem microfone, audiência e influência, mas parece esquecer que segurança pública não é pauta de ocasião.





Conteúdo Original

2025-11-15 00:00:00

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