Durante entrevista concedida à coluna nesta quinta-feira (13/11), o secretário de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Felipe Curi, afirmou que o plano de reocupação das comunidades dominadas pela facção criminosa Comando Vermelho (CV) no RJ está “bem elaborado”.
De acordo com ele, já existem áreas estratégicas no radar das forças de segurança onde a atuação deve ser iniciada.
Leia também
-
Mirelle Pinheiro
Curi sobre megaoperação contra o CV: “Moradores estão pedindo mais”
-
Mirelle Pinheiro
Fraude no INSS: o rastro do dinheiro que levou diretor da Conafer à prisão
-
Mirelle Pinheiro
PF encontra cofre, fuzil e carros de luxo em operação contra fraude no INSS
-
Mirelle Pinheiro
Veja quem são os presos no escândalo dos descontos ilegais do INSS
“Está sendo desenvolvido o plano de retomada de território pelas Secretarias de Polícia Civil e Militar, junto com outros órgãos, como a Secretaria de Assistência Social, a de Cidades, e (estamos) chamando as prefeituras, o Governo Federal, porque nós vamos precisar de financiamento para fazer essas retomadas. Ou seja, é um plano multidisciplinar que não vai envolver somente a polícia”, explicou.
O chefe reforçou que o plano de retomada é uma decisão judicial que tem um prazo para ser cumprido. “Estamos fazendo todo o plano, que será apresentado à Suprema Corte e, num determinado momento, será homologado e, a partir daí, a gente vai iniciar esse plano”, explicou.
“Já temos algumas áreas que estão sendo estudadas, que eu não posso adiantar aqui quais são, mas nós já estamos elencando áreas importantes, que são estratégicas e estão sendo alvo do CV, que são áreas importantes aqui no RJ, onde eles têm uma possibilidade enorme de expandir, e justamente a gente não quer deixar acontecer isso”, completou.
4 imagens
Fechar modal.
1 de 4
Secretário de Polícia Civil Felipe Curi
Reprodução/Governo do RJ
2 de 4
Curi concedeu entrevista à coluna nesta quinta-feira
3 de 4
Reprodução/Web
4 de 4
Reprodução
ADPF das Favelas
Ao citar o plano de retomada de territórios, Curi ressaltou que, inicialmente, era contra a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas.
“Eu sempre critiquei muito a ADPF, mas essa decisão de abril foi uma decisão importante para as polícias, porque eles tiraram restrições e limitações, tiraram o conceito de excepcionalidade, que é o que gerava uma grande insegurança jurídica. Eles decidiram que a conveniência e a oportunidade para a realização de operações são das polícias e não apenas uma hipótese absolutamente excepcional e também definiram que deverá ser feito um plano de retomada de territórios”, elencou.
2025-11-13 14:27:00


Fechar modal.
1 de 4
2 de 4
3 de 4
4 de 4


