Comandante do Bope diz que havia 77 câmeras para 215 policiais da tropa de elite em megaoperação

Menos de 40% dos agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) usaram câmeras corporais durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Aproximadamente 215 integrantes da


Menos de 40% dos agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) usaram câmeras corporais durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Aproximadamente 215 integrantes da unidade participaram da ação, realizada em conjunto pelas polícias Militar e Civil, mas apenas 77 estavam equipados.

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A informação foi passada pelo comandante do Bope, o tenente-coronel Marcelo Corbage, em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), na última segunda-feira. A transcrição foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com outros documentos sobre a atuação do MP na megaoperação.

Segundo Corbage, havia 77 câmeras corporais disponíveis para aproximadamente 215 policiais da corporação. O comandante relatou que não foi prevista a necessidade de baterias reservas, porque se acreditava que a operação teria duração normal — de no máximo cinco ou seis horas. Ele afirmou ainda que as câmeras são “mais do que suficientes para um dia normal de serviço”, mas que na megaoperação, os aparelhos foram distribuídos de modo que todas as frações de agentes tivesse ao menos um policial equipado.

Além disso, Corbage declarou que atualmente o Bope conta com 18 baterias sobressalentes e reiterou que a Operação Contenção fugiu da normalidade da rotina policial. Primeiro, segundo ele, pela sua dimensão; e segundo, pela intensidade da reação dos criminosos. Ainda acrescentou que a ação estava originalmente programada para ocorrer dias antes, mas foi adiada devo a diversos motivos como mau tempo, feriado, entre outros.

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Uma semana antes de Corbage, o subsecretário de Gestão operacional da Polícia Militar, Ranulfo Souza Brandão Filho, também compareceu à sede da Promotoria de Justiça para prestar depoimento sobre a megaoperação. Ele informou que testes já realizados demonstram que as baterias das câmeras corporais não têm autonomia efetiva de 12 horas — tempo de duração especulado da megaoperação.

Ranulfo também informou que a ação teve origem em uma investigação da Polícia Civil, que durou cerca de um ano e apurava a atuação do Comando Vermelho (CV) nos dois complexos de favelas. O subsecretário disse que, há cerca de dois meses a Polícia Civil solicitou o apoio da Polícia Militar para o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão.

Assim, foram utilizados 1.800 agentes, segundo 570 das Forças do Comando de Operações Especiais (Coe), além de 18 unidades convencionais e mais quatro especializadas. Os agentes das unidades convencionais utilizavam câmeras corporais durante a operação. No entanto, em relação às Forças Coe, em razão de número limitado de equipamentos disponíveis, nem todos os policiais estavam com câmeras.

O subsecretário ainda destacou que os integrantes do serviço de inteligência são isentos da obrigatoriedade de uso do equipamento.



Conteúdo Original

2025-11-13 05:03:00

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