Terrorismo em São Paulo: caminhoneiro é assaltado, sequestrado e amarrado a bomba

O Brasil viveu nesta quarta (12) mais um episódio que escancara a escalada do terror promovido por facções criminosas: um caminhoneiro foi sequestrado e amarrado a uma bomba no Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O artefato explosivo, preso ao


O Brasil viveu nesta quarta (12) mais um episódio que escancara a escalada do terror promovido por facções criminosas: um caminhoneiro foi sequestrado e amarrado a uma bomba no Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O artefato explosivo, preso ao corpo da vítima, paralisou o tráfego e mobilizou o esquadrão antibombas por horas. A cena, digna de zonas de guerra, não deixa dúvidas — o que se viu foi um ato de terrorismo.

Segundo a Artesp, o motorista teria relatado ter sido vítima de um assalto por volta das 4h seguido de um sequestro, e que os criminosos teriam colocado explosivos no veículo. O motorista também teria sido instruído a não sair do veículo e a deixá-lo atravessado no meio da pista.

Mas enquanto o crime organizado adota táticas de guerra urbana, o governo federal continua a evitar a palavra “terrorismo” para definir essas ações.

Entre a bandidolatria e a negação

Para a oposição, a resistência do governo federal em classificar facções como organizações terroristas revela uma escolha política que ignora a gravidade da ameaça. A oposição argumenta que a fala de Lula “o traficante é vítima do usuário” sintetiza a lógica por trás da política de desencarceramento e da resistência em endurecer o combate às facções. Essa postura, vista por muitos como conivente com a bandidolatria, contrasta com a realidade das ruas, onde o medo se tornou rotina.

Violência: a principal preocupação do brasileiro

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta (12) confirma o que os brasileiros já sentem na pele: a violência é hoje a maior preocupação nacional, superando saúde, desemprego e inflação. O salto nos índices reflete o impacto de episódios como o atentado em São Paulo e a crescente ousadia das facções em estados como Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

 

Enquanto o governo hesita, o terror avança

A recusa em nomear o crime organizado como terrorismo não é apenas semântica — é uma omissão que enfraquece a resposta do Estado. Facções armadas expandem seu poder, aterrorizam populações e desafiam a autoridade pública com métodos cada vez mais violentos e sofisticados.
O sequestro do caminhoneiro com bomba não é um caso isolado. É um alerta. E a pergunta que ecoa nas ruas e nos dados da Quaest é: até quando o governo vai se recusar a chamar o terror pelo nome?



Conteúdo Original

2025-11-12 10:24:00

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