Piloto de moto usada na morte de mulher em Sepetiba afirmou à polícia que olhou ‘sem reação’ comparsa atirar na vítima

O piloto da moto usada na morte de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25 anos, se entregou à polícia no final da tarde em 7 de novembro, mesmo dia da expedição do mandado de prisão. Em depoimento, Erick Santos


O piloto da moto usada na morte de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25 anos, se entregou à polícia no final da tarde em 7 de novembro, mesmo dia da expedição do mandado de prisão. Em depoimento, Erick Santos Maria Lasnor afirmou que olhou sem reação, enquanto Davi de Souza Malto, o garupa, atirava contra a vítima. No entanto, a equipe da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pelo caso, não acredita nessa versão, reforçando ser Erick dono da arma usada no crime.

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Os agentes reconheceram inconsistências no depoimento do rapaz, que tentou se inocentar das acusações afirmando ter medo de Davi e que se sentiu “coagido” por ele a obedecer a ordens. Para a polícia, Erick teve chances de fugir do assassino, mas preferiu esperar por ele após o crime. Além disso, ele teria escondido as tatuagens do braço para dificultar sua identificação — em testemunho, o suspeito afirmou que tapou a tatuagem para protegê-la do sol.

No depoimento, Erick explicou que Davi, com quem tem uma amiga em comum, precisava de carona até Sepetiba no dia 4 de novembro. Ao encontrá-lo, percebeu que ele usava blusa vermelha, calça e boné pretos, mas Erick não teria percebido se havia arma escondida.

Depois de subir na moto, Davi teria orientado Erick a descer a uma rua onde, posteriormente, se descobriu estar Laís. Todo o trajeto, segundo o piloto em depoimento, foi guiado por Davi. Em dado momento, ele teria pedido para que o veículo fosse estacionado, desceu da moto e entregou a Erick um plástico para colocar sobre a placa dela.

“Neste momento, o declarante ficou assustado e com medo de (Davi) Malto; que o declarante temeu por sua vida acreditando que Malto iria matá-lo, pois a fama de Malto é de matador; que o declarante não estava entendendo o que estava acontecendo; que o declarante se sentiu coagido por Malto; que Malto andou até a vítima e a executou enquanto o declarante olhava sem reação; que o declarante entrou em desespero e foi até Malto”.

Depois do crime, Davi e Erick fugiram e foram para lugares diferentes. O primeiro teria ainda trocado de blusa, substituindo a vermelha por uma preta, enquanto o segundo abandonou a moto e pediu para a namorada buscá-lo de carro.

A prisão de Davi aconteceu após a mãe o ter reconhecido na televisão, em vídeo sobre a execução de Laís. Decepcionada, ela entregou o filho à polícia e ainda deu um relato emocionado pedindo desculpas à família de Laís.

— Eu quero pedir perdão pra esse pai. Essa família da Laís que chora. Porque se eu tô sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior. Porque as crianças dela vão viver sem a mãezinha deles. Eu não criei um bandido, gente. O meu filho era um menino de bem — desabafou a mulher ao g1.



Conteúdo Original

2025-11-12 03:00:00

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