Livro reúne de desembargadores a policiais em movimento pela defesa e proteção da infância no Rio

Iniciativa do comissário Daniel Viana, ‘Proteja os Seus Filhos’ foi lançado na nesta quarta-feira (5), na Gávea; dados do Anuário de Segurança Pública de 2025 apontam 60.394 crianças e adolescentes vitimados pela violência em 2024 Somente no último ano, o


Iniciativa do comissário Daniel Viana, ‘Proteja os Seus Filhos’ foi lançado na nesta quarta-feira (5), na Gávea; dados do Anuário de Segurança Pública de 2025 apontam 60.394 crianças e adolescentes vitimados pela violência em 2024

Somente no último ano, o Brasil registrou 60.394 crianças e adolescentes como vítimas de violência em 2024. Diante deste cenário alarmante, um grupo de especialistas no tema se uniu para fortalecer a rede de proteção infantojuvenil com o livro “Proteja os Seus Filhos – Em Defesa de Quem Mais Precisa”, lançado nesta quarta-feira, dia 5, no Estação Net Gávea. A obra reúne 27 capítulos assinados por magistrados, promotores, policiais, médicos, professores e lideranças sociais.

A idealização e curadoria são do comissário de Polícia Civil Daniel Viana, que atua na linha de frente do enfrentamento à violência infantil e assina dois capítulos. Segundo ele, a publicação busca ser uma ferramenta acessível para capacitar a sociedade.

“Este é um livro que nasce de vivências reais e do compromisso de quem está no combate diário pela proteção das crianças. Temos uma missão simples e urgente: ajudar pais, mães, professores e cuidadores a protegerem as crianças. Queremos que essas informações cheguem às famílias, escolas e instituições como uma ferramenta prática e humana”, afirma o ex-policial penal, investigador e inspetor.

Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, base para a urgência do debate, revelam que, em 2024, crimes como abandono de incapaz e maus-tratos contra a população de 0 a 17 anos cresceram 9,4% e 8,1%, respectivamente.

“As raízes do abuso estão, na verdade, nas pequenas violências que naturalizamos. Estão na negligência afetiva, nas infâncias sem escuta, na educação que cala em vez de acolher, na crença de que o poder do adulto sobre a criança é incontestável. Quando um menino é ensinado a não chorar e uma menina é ensinada a suportar, ali se planta a semente da desconexão. Essa desconexão é a raiz”, destaca Maura de Oliveira, autora da Lei 9.234/21, que institui o combate e a prevenção à pedofilia, à cyberpedofilia e à exploração sexual infantil no estado do Rio.

A obra, lançada pela MCL Editora, aborda essas e outras facetas da violência, do acolhimento familiar às armadilhas digitais, como o cyberbullying, que teve 2.356 registros criminais no último ano.

“O perigo online não está só nas telas, está no silêncio dentro de casa. Por isso, a conversa é o melhor antivírus. A criança tem que brincar, socializar e não ficar apenas atrás de uma tela. E quando tiver, ative o controle parental. Não é vigilância, é um ato de amor. Faça isso antes que seu filho seja alcançado criminosos”, alerta o delegado Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB) do Ministério da Justiça. Ele assina o capítulo “Criança não tem segredo”, ao lado da delegada Quésia Cabral, trazendo um olhar educativo e acessível sobre o dever dos pais na proteção digital.

Com prefácio do secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, o livro une a experiência técnica à sensibilidade de nomes como o vereador Leniel Borel, autor da Lei Henry Borel, a desembargadora Ivone Ferreira Caetano, o promotor Casé Fortes, a delegada Sheila, o desembargador Fábio Dutra e a apresentadora Gardênia Cavalcanti, entre muitos outros colaboradores. Cada capítulo explora um aspecto da proteção, oferecendo caminhos de prevenção e enfrentamento.



Conteúdo Original

2025-11-06 00:00:00

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