Os trabalhadores que atuam no sistema BRT do Rio agora têm um sindicato próprio. Os funcionários da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC/MOBI-Rio) criaram, neste mês de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores da CMTC/BRT RIO. A fundação já foi publicada no Diário Oficial da União e a primeira assembleia geral do grupo acontece nesta terça-feira (28).
O objetivo é representar funcionários do sistema na cobrança de melhores condições de trabalho. “Queremos garantir que cada trabalhador tenha voz ativa nas decisões que envolvem a categoria, buscando melhorias salariais, segurança no ambiente de trabalho e a valorização profissional de cada um”, destaca o vice-presidente do Sindicato, Valcimar Diniz, que é motorista do coletivo articulado na linha Transbrasil.
O grupo é presidido pelo motorista Élber Nunes. Além dos condutores, o Sindicato reúne auxiliares, conferentes e funcionários dos setores administrativo, de manutenção e de higiene que trabalham a serviço do sistema BRT. De acordo com a direção, os servidores sentiram a necessidade de um sindicato focado, mais especificamente, nas questões de quem atua neste modal de transporte em específico.
Sindicato quer programas de qualificação e ações sociais para servidores
Entre alguns dos assuntos que devem ser discutidos na primeira assembleia, estão algumas metas que o grupo pretende cobrar. Uma delas é a criação de programas de qualificação e capacitação para os trabalhadores que prestam serviço à Mobi-Rio.
“O nosso projeto envolve a criação de programas para os motoristas e demais colaboradores, o fortalecimento do diálogo com a empresa e com o poder público e a implantação de ações sociais que beneficiem não apenas os trabalhadores, mas também as suas famílias”, explica o vice-presidente.
À luz da aprovação do projeto que substitui o sistema BRT por VLT ou VLP em duas linhas, o grupo também pretende cobrar esclarecimentos sobre a gestão dos corredores Transcarioca e da Transoeste. “Nossa dúvida é se a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC/MOBI-Rio) vai continuar administrando esses corredores. Se for, o Sindicato vai abranger [trabalhadores] deles também”, destaca Valcimar.



