A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15/10), a Operação Forja, que desarticulou uma organização criminosa especializada na fabricação e comércio ilegal de fuzis em escala industrial. O espaço era estruturado e tinha maquinário sofisticado.
Nesta quarta, sete pessoas foram presas, sendo duas no Rio de Janeiro (RJ) e cinco em São Paulo (SP). Além disso, a PF apreendeu R$ 158 mil em espécie em um apartamento de luxo, em frente à praia da Barra da Tijuca, no Rio.
A coluna teve acesso a imagens da fábrica clandestina. No local, os investigados mantinham equipamentos de alta tecnologia.
Confira:

A fábrica contava com euipamento sofisticado
Material cedido ao Metrópoles

A operação foi inciada a partir da apreensão de 47 fuzis
Material cedido ao Metrópoles

R$ 158 mil em espécie foram apreendidos nesta quarta
Material cedido ao Metrópoles
A investigação apontou que o grupo produzia até 3,5 mil armas por ano, destinadas às principais facções criminosas do Rio de Janeiro.
A quadrilha operava o grupo sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas no interior de São Paulo (SP), utilizando maquinário industrial de alta precisão para fabricar peças de fuzis de uso restrito.
O líder da quadrilha
A operação Forja, realizada nesta quarta (15/10), é um desdobramento da Operação Wardogs, deflagrada em outubro de 2023, quando o líder da quadrilha foi preso em flagrante com 47 fuzis prontos para entrega e uma fábrica desmontada em Belo Horizonte (MG).
Mesmo condenado a 12 anos de prisão e colocado em prisão domiciliar, o criminoso reestruturou o esquema e retomou a produção em outra cidade, montando uma nova linha de montagem de armas.
Em agosto de 2025, a PF descobriu o novo galpão industrial em Santa Bárbara d’Oeste (SP). No local, foram apreendidos fuzis montados e mais de 31 mil peças e componentes, o suficiente para montar dezenas de novas armas.
Segundo a PF, o grupo importava componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China, montava as armas no Brasil e as enviava para facções criminosas cariocas, com entregas regulares ao Complexo do Alemão e à Rocinha.
Os envolvidos responderão por organização criminosa majorada, tráfico internacional de armas de fogo de uso restrito e comércio ilegal de armamento.
O nome da operação, Forja, faz alusão direta à atividade de fabricação clandestina de armamentos que sustentava o poder bélico das facções.
2025-10-15 14:13:00