Trump: segunda fase do cessar-fogo em Gaza já começou
O dólar inicia a sessão desta terça-feira (14) em alta. Por volta das 09h10, a moeda americana avançava 0,92%, cotada a R$ 5,5135. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
O dia começa com uma agenda cheia no Brasil e nos Estados Unidos, envolvendo dados econômicos, discussões sobre reforma tributária e falas de autoridades monetárias. No campo internacional, um encontro diplomático entre Trump e Milei está no radar dos investidores.
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▶️ No Brasil, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, que mostra o desempenho de um setor responsável por mais de 70% do PIB. Já o Ministério da Fazenda apresenta o Prisma Fiscal, com projeções para as contas públicas.
▶️ Ainda pela manhã, o ministro Fernando Haddad participa de audiência pública no Senado para detalhar a proposta de reforma da tributação sobre a renda. A sessão também contará com representantes da Receita Federal.
▶️ Nos EUA, o mercado acompanha falas de dirigentes do Federal Reserve. Michelle Bowman fala às 9h45, seguida por Jerome Powell às 13h20. Christopher Waller e Susan Collins também se pronunciam no fim da tarde.
▶️ No campo diplomático, o presidente argentino Javier Milei se reúne com Donald Trump em Washington. O encontro deve tratar de cooperação econômica, comércio bilateral e um possível acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,75%;
Acumulado do mês: +2,62%;
Acumulado do ano: -11,62%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,78%;
Acumulado do mês: -3,05%;
Acumulado do ano: +17,87%.
Boletim Focus
Os analistas do mercado financeiro reduziram as projeções de inflação para 2025 e mantiveram estáveis as estimativas para o próximo ano. As expectativas fazem parte do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, com base em levantamento realizado com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, caiu de 4,80% para 4,72% em 2025. Apesar da queda, a taxa segue 0,22 ponto percentual acima do teto da meta, que é de 4,50%. Um mês atrás, a estimativa era de 4,83%.
A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2025 permaneceu em 15% pela 16ª semana consecutiva, após o Copom manter os juros nesse patamar em setembro. Para 2024, a projeção segue em 12,25%.
Já a mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 foi mantida em 2,16% pela quinta semana seguida. Para o próximo ano, a estimativa também permaneceu estável, em 1,80%, pela quarta semana consecutiva.
Trump elogia Xi Jinping
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o líder chinês Xi Jinping, chamando-o de “um homem muito forte, muito inteligente” e um grande líder.
A declaração foi feita no domingo (12) a jornalistas a bordo do avião presidencial americano, o Força Aérea Um, durante a viagem de Trump ao Oriente Médio.
“Eu tenho um ótimo relacionamento com o presidente Xi, ele é um homem muito forte, ele é um homem muito inteligente. Ele é um grande líder”, disse Trump.
Na sexta-feira (10), o presidente americano anunciou que imporá uma tarifa adicional de 100% contra a China a partir de 1º de novembro, em uma nova ofensiva comercial contra o país asiático.
A decisão veio poucas horas após o republicano criticar a iniciativa chinesa de restringir a exportação de elementos ligados às terras raras, materiais estratégicos para a indústria de tecnologia.
Durante a conversa com jornalistas no voo a Israel, o presidente destacou que as tarifas fortaleceram a economia americana e aumentaram o poder de negociação dos Estados Unidos.
“Estamos recebendo centenas de bilhões de dólares, não apenas da China, de outros países. Nos tornamos um país rico novamente, e as tarifas nos deram força diplomática, força de negociação. Acho que vamos ficar bem com a China”, disse Trump.
Nesta segunda-feira, Trump chegou a Israel enquanto a entrega dos reféns ocorria com intermédio da Cruz Vermelha. Neste momento, todos os 20 homens foram libertados. Israel também já libertou os 2 mil prisioneiros palestinos que estavam detidos.
O presidente dos EUA exaltou a libertação dos reféns como ‘um triunfo incrível para Israel e para o mundo’ e falou sobre o futuro da Faixa de Gaza no pós-guerra, ao dizer que quer ser um parceiro nos esforços para a reconstrução do território palestino, que terá o apoio de países árabes.
Trump deve se encontrar com Xi
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a caminho de se reunir com o líder chinês Xi Jinping na Coreia do Sul, à medida que os dois lados diminuem as tensões sobre as disputas comerciais, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta segunda-feira (13).
Bessent disse que houve comunicações substanciais entre os dois lados durante o fim de semana.
“Houve uma desescalada significativa da situação”, disse Bessent em uma entrevista à Fox Business Network. “O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do partido, Xi, na Coreia. Acredito que essa reunião ainda será realizada.”
Haverá muitas reuniões esta semana em Washington, paralelamente às reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em Washington, disse ele.
“A China é uma economia de comando e controle. Eles não vão comandar nem nos controlar”, disse Bessent.
Trump e Xi devem se reunir durante a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que será realizada na Coreia do Sul no fim de outubro.
EUA em paralisação pelo 13º dia
A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao décimo terceiro dia nesta segunda-feira (13). Na avaliação do secretário do Tesouro, Scott Bessent, o “shutdown”já começa a impactar a economia do país.
“Isso está ficando sério. Já começa a afetar a economia real”, disse ele ao programa “Mornings with Maria”, da Fox Business Network, sem entrar em mais detalhes.
Bessent acrescentou que, para garantir o pagamento aos militares, o governo está tendo que adiar repasses para outros funcionários públicos e serviços, como os museus Smithsonian e o Zoológico Nacional.
“Estamos tendo que reorganizar os recursos. Precisamos suspender temporariamente trabalhadores aqui em Washington e em outras partes do país”, afirmou na entrevista.
Ele também reiterou declarações anteriores de que a paralisação está travando o envio de ajuda aos agricultores. Segundo Bessent, os dados econômicos oficiais do Tesouro só serão divulgados após o fim da paralisação.
Bolsas globais
Em Wall Street, os principais índices subiram nesta segunda-feira, após o tombo de sexta, com investidores voltando a ativos de risco depois que um tom mais suave do presidente Donald Trump diminuiu preocupações com as novas tensões comerciais entre os EUA e a China.
O Dow Jones Industrial Average subiu 1,29%, aos 46.067,65 pontos, o S&P 500 avançou 1,55%, aos 6.653,96 pontos e o Nasdaq Composite teve alta de 2,21%, aos 22.694,61 pontos.
Os mercados europeus operam em alta nesta segunda-feira. Na França, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu, reconduzido ao cargo após renúncia, anunciou seu novo gabinete, com Roland Lescure assumindo o Ministério das Finanças.
O governo francês pretende apresentar ainda hoje um novo plano orçamentário, dentro do prazo estabelecido por Emmanuel Macron.
Durante a manhã, o índice pan-europeu STOXX 600 sobe 0,37%. Em Frankfurt, o DAX avança 0,41%, enquanto o FTSE 100, em Londres, tem leve alta de 0,03%. Em Paris, o CAC 40 sobe 0,37%, e em Milão, o FTSE MIB lidera os ganhos com alta de 0,52%.
Na Ásia, os mercados encerraram o dia em queda, após um pregão instável marcado pela reavaliação dos riscos de uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China.
A tensão foi provocada por tarifas adicionais anunciadas por Donald Trump na sexta-feira, mas amenizada no domingo com declarações mais conciliadoras. Apesar da queda generalizada, ações ligadas a terras raras — no centro da disputa — subiram mais de 6%, e o setor de semicondutores avançou 2,6%.
No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,19%, enquanto o CSI300 recuou 0,50%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,52%, e em Seul, o KOSPI caiu 0,72%. Taiwan registrou baixa de 1,39%, Cingapura recuou 0,84%, e Sydney teve queda de 0,84%.
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*Com informações da agência de notícias Reuters.
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