A trama se passa dez anos após os eventos trágicos da Ópera Populaire, em Paris. Christine Daaé, agora uma estrela internacional convidada a se apresentar no parque de diversões de Coney Island, em Nova York, viaja para a nova vida com seu marido, Raoul, e seu jovem filho, Gustave. O que ela não sabe é que a extravagante atração “Phantasma” é o reino de seu antigo obsessor: o Fantasma, que fugiu de Paris e construiu um império artístico bizarro.

Neste novo cenário de luzes e escuridão, todos os segredos do passado ressurgem. A narrativa central revela que Gustave é, na verdade, filho do Fantasma, fruto de uma única noite de sexo entre ele e Christine, que traiu Raoul, agora um homem com alcoolismo e sem dinheiro. O musical, então, gira em torno da disputa não mais pelo amor de Christine, mas pela criança, enquanto ela é forçada a confrontar os sentimentos nunca resolvidos por seu antigo mentor.
O sucesso de “Love Never Dies”, no entanto, é ofuscado pela controvérsia. Críticos e uma parcela significativa dos fãs apontam falhas estruturais na trama, considerada por muitos forçada e melodramática. A caracterização de Raoul é uma das maiores fontes de críticas: o outrora nobre visconde é retratado como um homem amargo, alcoólatra e ressentido, uma sombra do herói romântico do primeiro musical.
A revelação sobre a paternidade de Gustave foi recebida com ceticismo, vista por alguns como um recurso narrativo conveniente que prejudica a ambiguidade e o sacrifício do final original. A pergunta que paira é: a história pedia uma continuação? Para muitos, a força de “O Fantasma da Ópera” está justamente em seu desfecho aberto e dolorosamente poético.

2025-10-07 17:20:00