Bar nos Jardins é interditado após casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas

Além do Ministrão, estão fechados um estabelecimento na Mooca, um local na Vila Mariana e outro em São Bernardo do Campo; 112 garrafas de vodca em diferentes pontos da capital foram recolhidas Reprodução/Facebook/MMinistrão Bar Fachada do Ministrão Bar, localizado na


Além do Ministrão, estão fechados um estabelecimento na Mooca, um local na Vila Mariana e outro em São Bernardo do Campo; 112 garrafas de vodca em diferentes pontos da capital foram recolhidas

Reprodução/Facebook/MMinistrão Bar
Fachada do Ministrão Bar, localizado na Alameda Lorena,e m São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo interditou nesta terça-feira (30) o bar Ministrão, localizado na Alameda Lorena, nos Jardins, bairro nobre da capital, após suspeita de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas que deixou uma mulher de 43 anos cega. Esta foi a primeira interdição dentro da operação que investiga a venda de bebidas adulteradas com metanol na cidade. A ação contou com a participação das vigilâncias sanitárias municipal e estadual, Procon e Polícia Civil.

Segundo Manoel Bernardes de Lara, diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, o fechamento foi realizado por precaução, já que o estabelecimento está ligado ao caso da mulher que perdeu a visão após ingerir vodca. Na segunda-feira (29), mais de 100 garrafas foram apreendidas no bar durante fiscalização.

Depois do Ministrão, outros três estabelecimentos foram interditados: o bar Torres, na Mooca, um local na Vila Mariana e outro em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. No total, foram recolhidas 112 garrafas de vodca em diferentes pontos da capital. Os produtos serão analisados pelo Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica. Os advogados do bar nos Jardins negam a participação dos proprietários e afirmam que a responsabilidade é de “apenas uma pessoa”, sem dar maiores detalhes. O Torres, em nota, afirma que está “colaborando integralmente com todos os órgãos de fiscalização competentes” e que “todos os produtos são adquiridos de distribuidores oficiais e parceiros de longa data”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que todos os estabelecimentos com suspeita de comercialização de bebidas adulteradas serão fechados cautelarmente enquanto durarem as investigações. “Não pode continuar comercializando bebidas se temos suspeita de fraude. O fechamento é para garantir a segurança do cidadão”, disse.

Até o momento, a Secretaria de Saúde contabiliza 22 casos de intoxicação por metanol, entre suspeitos e confirmados, e cinco mortes relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas — uma já confirmada e quatro em apuração. Entre as vítimas está a designer de interiores Radharani Domingos, de 43 anos, que perdeu a visão após beber vodca em um bar dos Jardins. Ela chegou a ter convulsões e precisou ser intubada na UTI, mas recebeu alta para o quarto.

O metanol é uma substância altamente tóxica, que pode causar cegueira permanente e até óbito quando ingerida. Os sintomas incluem tontura, náuseas, vômitos, visão turva, convulsões e dor abdominal. O Centro de Vigilância Sanitária recomenda que a população consuma apenas bebidas de procedência comprovada, com selo fiscal e lacre de segurança, evitando produtos de origem duvidosa.

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Em operações recentes na capital, Grande São Paulo e interior do estado, foram apreendidas mais de 800 garrafas suspeitas de adulteração, além de 15 milhões de selos fraudulentos. Dois suspeitos foram presos nesta terça-feira (30) e inquéritos foram abertos em diferentes distritos policiais para investigar os casos. A Secretaria de Estado da Saúde emitiu alerta a profissionais de saúde sobre a intoxicação por metanol e orienta atendimento imediato a pacientes com sintomas após consumo de bebidas alcoólicas de procedência desconhecida.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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