Lula assina nomeação de Gabriel Galípolo como novo presidente do BC
A revista norte-americana “Time” divulgou a nova edição da lista TIME100 Next, que reconhece personalidades de várias áreas com potencial para influenciar o futuro da liderança global. Entre os nomes deste ano está Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil.
A lista reúne pessoas que, segundo a publicação, estão redefinindo os conceitos de progresso, influência e impacto em um cenário de rápidas transformações.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça
Para a “Time”, a inclusão de Galípolo reforça o reconhecimento internacional ao trabalho que ele exerce no comando do Banco Central — especialmente no desafio de conter a inflação e garantir a independência da instituição em meio a forte pressão fiscal.
O perfil assinado por Gita Gopinath, professora de economia em Harvard e ex-diretora-gerente adjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI), destaca que Galípolo tem conciliado firmeza com visão de longo prazo.
Para ela, o economista brasileiro representa a importância de uma “liderança equilibrada e guiada por princípios”, capaz de adotar medidas técnicas que beneficiem sobretudo a população mais vulnerável, a mais atingida pela alta de preços.
“O mundo precisa de mais bons exemplos, e Gabriel nos mostra que um formulador de políticas progressista não precisa ser populista. Ele é um trunfo valioso para o mundo da política econômica”, escreveu Gita Gopinath.
A “Time” ressalta ainda que a lista TIME100 Next busca dar visibilidade a lideranças em ascensão, mas que já exercem influência relevante em seus campos de atuação.
No caso de Galípolo, a publicação destaca a versatilidade de sua trajetória, que combina experiência acadêmica com passagens por diferentes cargos no setor público.
Quem é Gabriel Galípolo?
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Galípolo tem 42 anos e foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a Presidência do Banco Central em agosto de 2024.
Ele atuou na campanha do petista à Presidência da República, na equipe de transição de governo e no Ministério da Fazenda antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC.
A indicação de Galípolo já era aguardada por agentes do mercado financeiro e foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O economista substituiu Roberto Campos Neto à frente do BC.
Veja, em tópicos, a trajetória de Gabriel Galípolo até a indicação para a chefia do Banco Central:
Professor universitário, deu aulas de 2006 a 2012 nos cursos de graduação da PUC-SP, onde se formou.
Foi presidente do Banco Fator, instituição com tradição em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021.
O economista esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
O desenvolvimento de um modelo de parceria público-privada para a Cedae começou em 2018 pelo consórcio liderado pelo Banco Fator, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Especialista no assunto, Gabriel Galípolo ministrou aulas sobre PPPs e concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
Em sua atuação na gestão pública, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, na gestão do então governador José Serra (PSDB).
No ano seguinte, ainda durante governo do tucano, assumiu o cargo de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo.
Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, onde trabalhava até chegar ao Ministério da Fazenda.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante a apresentação do Relatório de Política Monetária.
Raphael Ribeiro/BC
Conteúdo Original
Os Hawaianos lançam música após agressão da polícia a integrante na CDD | Rio de Janeiro
’Dores de um Favelado’, do grupo Os Hawaianos, será lançada…