Dólar cai e fecha a R$ 5,32 com maior apetite global a risco; Ibovespa retoma os 146 mil pontos

Secretário de Trump diz que é preciso ‘consertar’ o Brasil para que o país pare de adotar O dólar fechou em queda de 0,31% nesta segunda-feira (29), cotado a R$ 5,3217. Já o Ibovespa avançava 0,62% na reta final do




Secretário de Trump diz que é preciso ‘consertar’ o Brasil para que o país pare de adotar
O dólar fechou em queda de 0,31% nesta segunda-feira (29), cotado a R$ 5,3217. Já o Ibovespa avançava 0,62% na reta final do pregão, aos 146.355 pontos. Mais cedo, o principal índice da bolsa brasileira chegou aos 147.558 pontos, atingindo um novo recorde intradiário.
Os investidores acompanharam uma agenda intensa de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, em um dia marcado por maior apetite global ao risco, com várias moedas ganhando terreno frente ao dólar.
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▶️ Nos Estados Unidos, investidores observaram o risco de paralisação do governo, no chamado shutdown (entenda mais abaixo). Além disso, foram publicados dados das vendas pendentes de moradia, que aumentaram 4,0% no mês passado — as estimativas eram de um avanço de 0,2%.
▶️ No Brasil, o Banco Central divulgou o boletim Focus, no qual os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. Durante a manhã, também saiu a Pesquisa Firmus, sobre percepção de empresas não financeiras.
▶️ Ainda no país, foi publicado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, que mostrou a geração de 147.358 empregos formais. O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas, que projetavam 160 mil vagas.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: +0,33%;
Acumulado do mês: -1,55%;
Acumulado do ano: -13,62%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: -0,29%;
Acumulado do mês: +2,85%;
Acumulado do ano: +20,92%.
Boletim Focus
Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026.
As expectativas fazem parte do boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
➡️ A projeção de inflação do mercado para 2025 recuou de 4,83% para 4,81%,
➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,29% para 4,28%;
➡️ Para 2027, a expectativa continuou em 3,90%;
➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,70%.
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,80%.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025.
Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano.
Vendas pendentes de moradias nos EUA
A Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou que o número de contratos assinados para compra de casas aumentou 4% no mês passado. Esse resultado foi bem acima do que esperavam os analistas, que previam uma alta de apenas 0,2%.
Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento foi de 3,8%.
“As taxas hipotecárias mais baixas estão permitindo que mais compradores de casas assinem contratos”, disse o economista-chefe da associação, Lawrence Yun
O banco central dos EUA, o Federal Reserve, reduziu sua taxa de juros de referência este mês em 25 pontos-base, para o intervalo de 4% a 4,25%.
A taxa da popular hipoteca de 30 anos está próxima de uma mínima de 11 meses, segundo dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac.
Apesar disso, o efeito positivo pode ser limitado pela piora no mercado de trabalho. Nos últimos três meses, o número médio de novos empregos foi de 29 mil por mês, bem abaixo dos 82 mil registrados no mesmo período do ano anterior.
Batalha orçamentária nos EUA
Com o orçamento do governo dos Estados Unidos prestes a expirar à meia-noite de terça-feira (30), republicanos e democratas no Congresso não dão sinais de chegar a um acordo sobre uma solução provisória que evite a paralisação.
O presidente Donald Trump marcou uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda-feira (29), em uma última tentativa de superar o impasse.
Os democratas, porém, indicaram que não pretendem aprovar o plano de curto prazo defendido pelos republicanos sem alterações.
Caso não haja consenso sobre uma nova lei orçamentária, a paralisação — que já ocorreu outras vezes no país — deve começar em 1º de outubro, e tudo aponta para esse cenário.
🔎 Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos.
No entanto, essa disputa vai além do financiamento temporário. Trata-se da continuidade de um embate que começou quando Trump assumiu o cargo, em janeiro, e se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso.
Os democratas querem usar a ameaça de paralisação para recuperar parte desses recursos e manter os subsídios de saúde que expiram no fim do ano.
Estão em jogo US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que mantêm as operações das agências e expiram no fim do ano fiscal, na próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove a prorrogação.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados operavam de forma mista nesta segunda-feira, com investidores avaliando o risco de uma possível paralisação do governo e ignorando comentários mais rígidos de uma autoridade do Federal Reserve.
Durante a manhã, o Dow Jones caía 0,04%, a 46.228,17 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,38%, a 6.669,18 pontos. O Nasdaq Composite se destacava, subindo 0,79%, para 22.662,67 pontos.
As bolsas europeias fecharam em leve alta nesta segunda-feira, impulsionadas principalmente pelas empresas dos setores de saúde e de luxo. Entre as notícias corporativas, a companhia aérea Lufthansa anunciou que espera gerar mais de 2,5 bilhões de euros por ano em fluxo de caixa livre, estabelecendo metas de lucro de 8% a 10% nos próximos dois anos.
O índice geral das bolsas europeias, o STOXX 600, subiu 0,2%. Em Londres, o Financial Times avançou 0,16%, enquanto em Frankfurt o DAX teve leve alta de 0,02%. O CAC-40, em Paris, ganhou 0,13%. Já em Milão e Madri, os índices Ftse/Mib e Ibex-35 recuaram 0,22%. Lisboa foi destaque positivo, com o PSI20 subindo 0,36%.
Na Ásia, os mercados tiveram movimentos variados, mas no geral avançaram, impulsionadas por compras de ações de montadoras, empresas de energia solar e produtores de metais.
No fechamento, Xangai subiu 0,9% (3.862 pontos), o CSI300 avançou 1,54% (4.620 pontos), e o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,89% (26.622 pontos).
Em outros mercados: Tóquio recuou 0,69% (45.043 pontos), Seul avançou 1,33% (3.431 pontos), Taiwan caiu 1,70% (25.580 pontos), Cingapura subiu 0,09% (4.269 pontos) e Sydney ganhou 0,85% (8.862 pontos).
Dólar
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