Trump conversa com Xi Jinping e fala em ‘aprovação’ de acordo sobre TikTok; China não confirma
A China declarou que não pedirá mais o tratamento diferenciado destinado a países em desenvolvimento nos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC) — medida que os Estados Unidos reivindicavam há anos.
Segundo o Ministério do Comércio, a decisão busca fortalecer o sistema global em um cenário marcado por disputas tarifárias e iniciativas protecionistas de países que limitam importações.
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Mesmo sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou as tarifas aplicadas este ano pelo presidente Donald Trump a vários países, entre eles a própria China, a medida foi interpretada nesse contexto.
Há anos, os EUA defendem que a China renuncie ao status de país em desenvolvimento, por ser a segunda maior economia do mundo. Esse enquadramento na OMC garante exigências mais flexíveis para abertura de mercados e prazos estendidos para aplicar medidas de liberalização.
🔎 A OMC funciona como espaço de negociação do comércio internacional e garante a aplicação dos acordos, mas sua eficácia vem diminuindo, o que levou a crescentes apelos por reforma.
A direção da organização, com sede em Genebra, classificou a decisão chinesa como “uma notícia de grande importância para a reforma da OMC” e agradeceu ao país em uma publicação no X.
“Este é o resultado de muitos anos de trabalho árduo”, escreveu Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da entidade.
O premiê Li Qiang anunciou a mudança em discurso feito na terça-feira, em Nova York, durante um fórum de desenvolvimento promovido pela China na reunião anual da Assembleia Geral da ONU.
Apesar da mudança, a China segue se classificando como país de renda média, e o Ministério do Comércio ressaltou que ainda integra o grupo de nações em desenvolvimento.
Nos últimos anos, a China passou a ser uma fonte relevante de empréstimos e apoio técnico para países que buscam erguer estradas, ferrovias, barragens e outros grandes projetos — em geral executados por estatais chinesas.
Pessoas participam de uma cerimônia de hasteamento de bandeira durante um desfile militar para marcar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, 3 de setembro de 2025
REUTERS/Tingshu Wang
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