Polícia Civil investiga morte de idosa em abrigo clandestino na Zona Norte; dona do imóvel foi presa em flagrante

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Além de Maria, outros 11 idosos estavam sob vigilância do asilo. Segundo policiais, apenas uma cozinheira, também de idade avançada, trabalhava no local. Não havia assistência médica ou enfermaria à disposição.

Imagens do asilo divulgadas pela Polícia Civil mostram que o espaço era precário. Os idosos, alguns em claro estado de vulnerabilidade, dormiam sobre sofás e camas improvisadas com almofadas de encosto e lençóis. Os remédios aparecem amontoados acima de um armário na cozinha, e os banheiros não tinham acessibilidade adequada.

Após a interdição, agentes da Secretaria Municipal do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e da Vigilância Sanitária prestaram atendimento às vítimas e fizeram um diagnóstico do espaço. Alguns idosos foram remanejados para unidades licenciadas pela prefeitura, e outros retornaram para as famílias.

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A partir de depoimentos, a 22ª DP descobriu que a mensalidade do asilo custava em torno de R$ 1.800, e que os parentes dos idosos arcavam ainda com roupa de cama, remédios e alimentação. Além disso, descobriu-se que Ruth Gomes da Silva foi dona de outro asilo interditado por funcionamento ilegal.

Ela foi atuada com base no Estatuto do Idoso, a princípio, na forma do artigo 99: “Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, da pessoa idosa, submetendo-a a condições desumanas ou degradantes ou privando-a de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado”, agravado se “o fato resulta lesão corporal de natureza grave”. A causa da morte de Maria da Glória aguarda laudo do IML.