Consultores da ONU pedem que Fifa e Uefa suspendam seleção de Israel por conflito em Gaza

Apelo surge em um contexto de crescente rejeição internacional à ofensiva israelense em território palestino Foto de THOMAS COEX / AFP Especialistas se opõem a sanções individuais contra jogadores israelenses Especialistas independentes da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um


Apelo surge em um contexto de crescente rejeição internacional à ofensiva israelense em território palestino

Foto de THOMAS COEX / AFP
Especialistas se opõem a sanções individuais contra jogadores israelenses

Especialistas independentes da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um apelo, nesta terça-feira (23), para que a Fifa e a Uefa suspendam Israel de suas competições devido à ofensiva militar em Gaza. Contudo, os especialistas se opõem a sanções individuais contra jogadores israelenses. “As instâncias esportivas não devem fechar os olhos diante das graves violações dos direitos humanos”, declararam em comunicado três relatores especiais e membros do Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos. Eles enfatizaram que “as seleções nacionais que representam Estados que cometem violações maciças dos direitos humanos podem e devem ser suspensas, como já aconteceu no passado”, classificando a suspensão de Israel como uma “resposta necessária ao genocídio em curso”.

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A Uefa recusou comentar, e a Fifa optou por não se manifestar no momento. O a Em 16 de setembro, uma comissão internacional de investigação da ONU acusou Israel de cometer “genocídio” em Gaza desde outubro de 2023 com a intenção de “destruir” os palestinos. Os especialistas da ONU argumentam que os dirigentes das organizações esportivas internacionais “não podem permanecer neutros diante de um genocídio”.

No entanto, eles esclareceram que o boicote “deve ter como alvo o Estado de Israel e não os jogadores individualmente”, ressaltando que não se deve “punir jogadores com base em sua origem ou nacionalidade”.
Os pedidos para suspender a seleção israelense de todas as competições têm se multiplicado. O ex-jogador francês Eric Cantona criticou o que chamou de “duplo padrão” das instâncias do futebol, comparando a suspensão da Rússia logo após o início da guerra na Ucrânia com a permanência de Israel nas competições, apesar do que a Anistia Internacional descreve como “genocídio”. “A Fifa e a Uefa devem suspender Israel. Os clubes devem se recusar a jogar contra times israelenses”, acrescentou Cantona.

Recentemente, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também pediu a exclusão de Israel das competições esportivas “enquanto continuar a barbárie” em Gaza. Sánchez tem sido uma das vozes mais críticas na Europa em relação à ofensiva israelense, lançada em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023 orquestrados pelo Hamas, que resultaram na morte de 1.219 pessoas. A resposta de Israel causou a morte de mais de 65.000 palestinos, a maioria civis, números considerados confiáveis pela ONU.

*Com informações da AFP





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