Justiça autoriza quebra de sigilo de cartões corporativos do Corinthians em investigação sobre gastos suspeitos

Oliveira Minimercado, apontado como empresa de fachada que teria emitido notas frias ao clube, também foi alvo da decisão da juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro Alex Silva/Estadão Conteúdo Protesto de torcedores do Corinthians contra os dirigentes do clube, em frente


Oliveira Minimercado, apontado como empresa de fachada que teria emitido notas frias ao clube, também foi alvo da decisão da juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro

Alex Silva/Estadão Conteúdo
Protesto de torcedores do Corinthians contra os dirigentes do clube, em frente ao Parque São Jorge

A Justiça de São Paulo autorizou a quebra de sigilo dos cartões de crédito corporativos do Corinthians entre janeiro de 2018 e maio de 2025, período que abrange as gestões de Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo. A decisão atende a pedido do Ministério Público (MP), que investiga supostos gastos indevidos no clube. A determinação foi da juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.

Além do clube, também foi autorizada a quebra de sigilo fiscal do Oliveira Minimercado, apontado como empresa de fachada que teria emitido notas frias ao Corinthians em 2023. A defesa do estabelecimento ingressou com habeas corpus para tentar barrar a medida. O Timão afirma já ter entregue todos os documentos solicitados, incluindo relatórios e faturas dos cartões. Segundo a promotoria, porém, houve demora no envio. O MP também apontou desorganização administrativa, suposto furto de documentos durante invasões à sede social e até “interesses políticos conflituosos” que atrapalhariam a apuração.

As suspeitas ganharam força após um perfil na rede social X revelar gastos de R$ 32,5 mil no Oliveira Minimercado em outubro de 2023. Reportagem do GE fez o caso ganhar proporção ainda maior. Ao visitar o endereço, o promotor Cássio Roberto Conserino constatou que não havia nenhum comércio no local. A investigação começou em julho, após o vazamento de faturas dos cartões corporativos nas redes sociais. No caso mais conhecido, Andrés Sanchez admitiu ter usado o cartão do clube por engano durante viagem de Réveillon em 2020/2021, no valor de R$ 9,4 mil, e disse ter restituído o montante com juros.

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Desde então, o MP ampliou o escopo da apuração, incluindo as gestões seguintes e pedindo até o afastamento dos três últimos presidentes do clube. A solicitação foi feita em agosto, antes da eleição indireta que colocou Stabile no comando do Corinthians até 2026, mas ainda não houve decisão judicial.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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