Ananias (D) afirmou que a loja só chamou a ambulância para atender sua mãe após a chegada deleReprodução/Instagram
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Rio – Uma mulher negra de 51 anos sofreu duas convulsões, na tarde desta terça-feira (16), depois de ser acusada de roubo por um segurança de uma loja de artigo de festas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ela precisou ser levada de ambulância a uma unidade de saúde. A família acusa o estabelecimento de injúria racial.
“Minha mãe veio para a ala de psiquiatria em Austin porque a loja não prepara seus funcionários. Botam alguém na porta para acusar os outros de roubo por causa da cor”, desabafou Ananias Júnior em um dos vídeos que postou nas redes sociais para registrar o episódio.
Em uma das imagens, a mulher aparece sentada, soluçando e visivelmente nervosa, afirmando que foi fotografada por um funcionário. Ela diz que sofre de depressão e síndrome do pânico e nega o roubo: “Eu não sou ladrona (sic)”, dizia ela, seguidas vezes.
Um outro vídeo mostra Ananias acusando um segurança de injúria racial. Ele teria feito a abordagem do lado de fora do estabelecimento quando revistou a bolsa da cliente. Ananias chegou a confrontar o funcionário.
Ele destacou também que passou a filmar por ter se inconformado com a postura da loja: “O que mais me indignou foi o fato de a minha mãe estar passando mal, ela convulsionou duas vezes. Eu saí de casa em Mesquita, cheguei em Nova Iguaçu, dentro da loja, minha mãe estava lá, sentada, passando mal, e nem uma ambulância chamaram. Esperaram eu chegar para chamar. O que me matou foi isso”.
Na maca da ambulância, a mãe de Ananias aparece ainda muito abalada, repetindo que não é ladra e que seria levada para a cadeia. O filho tenta acalmá-la.
Nesta quarta-feira (17), Ananias publicou outro vídeo relatando que registrou a ocorrência em uma delegacia de polícia. Ele aproveitou para atualizar o estado de saúde da mãe: “Minha mãe está melhor, mais calma. E a gente vai continuar tomando toda as medidas, tudo aquilo que está ao nosso alcance, para sair de cabeça erguida. Agora é clamar a Deus para que a justiça seja feita”.
A reportagem de O DIA fez contato com a loja em busca de um posicionamento sobre o caso, mas não recebeu retorno. A Polícia Civil também não respondeu aos questionamentos. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
2025-09-17 20:59:00
