Os elásticos, no entanto, podem ser uma referência ao papa Francisco. Em 2013, após ser eleito papa, o cardeal Jorge Bergoglio fez uma ligação especial para o dono da banca onde costumava comprar seus jornais todos os dias. Diretamente de Roma, ele ligou para o argentino Daniel Del Regno para pedir que ele cancelasse sua assinatura. “Ele me agradeceu por entregar o jornal por todos esses anos e desejou tudo de melhor à minha família”, disse o jornaleiro à BBC na ocasião.
Ele encontrava o futuro papa uma vez por semana. Todos os domingos, às 5h30, Bergoglio passava na banca para comprar o jornal antes de pegar o ônibus e distribuir chá para os enfermos no subúrbio de Buenos Aires. Nos outros dias, era Del Regno quem levava o jornal ao cardeal.
Del Regno compartilhou uma curiosidade sobre o papa. Ele contou que o então cardeal tinha o costume de guardar o elástico que prendia o jornal. “No fim do mês, ele sempre me devolvia os elásticos. Todos os 30!”, relatou à BBC.
Na ligação, o jornaleiro perguntou se os dois se veriam novamente. “Ele disse que, por enquanto, seria muito difícil, mas que ele sempre estaria conosco”, relembrou Del Regno. O papa Francisco não retornou à Argentina até morrer.
No filme, o papa que morre não tem nome. A partir de sua morte em decorrência de um ataque cardíaco, os cardeais se organizam para decidir se o próximo papa será mais liberal ou conservador, ditando assim o caminho futuro da Igreja Católica.