Segundo relatos de moradores, o policial arrombou a porta de um apartamento do conjunto habitacional Parque do Gato, e ali se desentendeu com um homem, e os dois chegaram a partir para a luta física. Um tiro foi disparado e atingiu a perna do suspeito, que chegou a procurar atendimento em um hospital.
Em resposta, os moradores partiram para cima do policial e o agrediram. O corpo do policial foi encontrado durante a madrugada. O homem com quem o agente brigou foi preso e é considerado suspeito.
O agente policial de segunda classe Caio Bruno foi chamado para entrar na carreira policial ao final de 2020. Segundo o Diário Oficial do estado de São Paulo, Caio Bruno, desde que ingressou na carreira policial, trabalhou em delegacias de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, cidades do ABC Paulista, região metropolitana da capital.
Em maio de 2025, ele foi transferido para o Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes, o Denarc. Ele atuava na 2ª Delegacia de Polícia do Denarc, onde atuava em casos que envolvem tráfico de drogas.
A morte do policial foi lamentada pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp).
“O Sipesp se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho da vítima neste momento de dor e reafirma seu compromisso em acompanhar de perto o caso. As investigações seguem em andamento para apurar todas as circunstâncias do ocorrido e identificar os responsáveis”, disse a entidade, em nota.
A Secretaria de Segurança Pública informou que o corpo do policial foi encontrado na rua, por volta das 3h, e que o óbito foi constatado no local. A pasta não informou o que o policial estava fazendo no local ou se ele estava acompanhado de outros policiais.
O Parque do Gato é um conjunto habitacional no Bom Retiro, próximo à Marginal Tietê, com 9 blocos e 486 unidades residenciais. O conjunto foi inaugurado em 2004, na gestão Marta Suplicy na prefeitura. Apesar da maior parte da área ser composta pelos prédios residenciais e por alguns comércios no térreo, há uma pequena quantidade de barracos e casas irregulares que compõem a chamada Favela do Gato, que já chegou a ser removida no passado, mas voltou a se formar e persiste nas margens da avenida Presidente Castello Branco. Junto com a favela do Moinho, é uma das poucas comunidades que ainda existem no Centro de São Paulo.
2025-09-03 16:45:00
