A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda é incerta no julgamento da trama golpista que começa na manhã desta terça-feira (2). A maioria dos réus indica que não deve marcar presença no Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar a análise da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, quando haverá a definição se serão absolvidos ou condenados.
Não há nenhuma regra que obrigue a presença deles, que serão representados por suas defesas. De acordo com advogados, os acusados devem assistir pela televisão.
A presença de Bolsonaro é dada como uma dúvida. Isso porque ele está em prisão domiciliar após descumprir restrições impostas pelo Supremo, como a proibição do uso de redes sociais. Para ir ao Supremo, o ex-presidente precisa pedir autorização ao ministro Alexandre de Moraes.
Advogados teriam recomendado que o ex-presidente não fosse presencialmente. No entorno do ex-presidente, no entanto, há quem defenda que a ida seria uma demonstração de força.
No recebimento da denúncia, Bolsonaro indicou, inicialmente, que não iria, mas chegou a acompanhar uma das sessões.
O ex-presidente também esteve na Primeira Turma em junho, quando foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O general Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro por tentar atrapalhar as investigações, deve assistir o julgamento pela televisão.
Advogados afirmaram que indicaram aos réus que não compareçam até para evitar exposição. Também não devem ir ao Supremo:
Mauro Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do esquema;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
A Primeira Turma do STF reservou cinco dias e oito sessões para o julgamento, que começa na manhã desta terça-feira (2) e se estende até o dia 12 de setembro.
A Procuradoria-Geral da República sustenta que o núcleo crucial — onde foram enquadrados esses oito réus — liderou uma organização criminosa que atuou para manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
Todos os réus negam participação numa trama golpista e pedem a rejeição da acusação por falta de provas.
*Com informações do g1
2025-09-01 18:16:00