Voz representativa da música nordestina, Solange Almeida comemora nesta sexta-feira (29/8), seus 51 anos de vida. Com uma trajetória marcada pela força no forró, a cantora segue entre os nomes de maior relevância do gênero e aproveita a data para refletir sobre carreira, maturidade, família e desafios pessoais.
Durante o São João de 2025, Solange viveu uma verdadeira maratona de apresentações. Foram 40 shows em junho e mais 20 em julho: “Como mulher nordestina, o trabalho para eu me manter é bem maior. Eu busco fazer o forró atual e o tradicional juntos durante todo o ano, e não somente no período junino. Até no carnaval eu puxo um forrozinho tradicional”, explica.
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Em carreira solo desde 2017, a artista destaca que o tempo trouxe mais equilíbrio e segurança profissional: “Alcancei uma maturidade que ainda não havia conquistado nos anos anteriores, principalmente o discernimento em lidar com situações adversas. Hoje sou mais tranquila. Meu foco não é o sucesso, é continuar na grade dos artistas que possuem uma história, uma carreira consolidada e poder trabalhar o ano inteiro até quando Deus permitir”.
O cuidado com a saúde é outro ponto importante na rotina da cantora. Ela, que fez cirurgia bariátrica há 17 anos, avalia a decisão como uma virada de chave em sua vida: “A qualidade de vida que a bari (intervenção) me trouxe, sem dúvida, foi o fator maior, devido à autoestima, saúde física e mental. Eu olho para a Sol do passado e agradeço a ela por ter suportado tudo”, afirma. O exemplo também inspirou o filho, Rafa, que passou por um processo de emagrecimento após se mudar para São Paulo: “Assim como eu, ele conquistou uma nova vida, adepto à atividade física, autoestima nas nuvens”.
Ao completar 51 anos, Solange reflete sobre a maturidade: “Aprendi que a vida é hoje. Não temos mais tempo de ficar brincando de viver. Me orgulho de chegar com essa qualidade, me amando e sendo feliz”, destaca. A vida pessoal também se tornou pauta de debates, especialmente por seu relacionamento com Monilton, 17 anos mais novo: “A mulher sempre será vítima do etarismo. Isso me prejudicou muito no início. Hoje estamos super casados e felizes”.
Ainda sobre planos futuros, a cantora mantém o desejo de aumentar a família: “Tenho óvulos congelados e, caso não vingue, penso na doação de óvulos, que inclusive foi um assunto conversado e apoiado pelos meus filhos. Ser mãe depois dos 50 não é loucura, é coragem. É entrega consciente, é amor maduro, é a certeza de que idade não limita o cuidado, nem diminui a capacidade de amar profundamente”.
