Em uma sessão extraordinária nesta terça-feira (26/8), a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu arquivar, por seis votos a um, o processo que pedia a cassação do deputado estadual Lucas Bove (PL/SP). O parlamentar é investigado por violência física e psicológica contra a ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas.
A denúncia de quebra de decoro havia sido protocolada pela deputada Mônica Seixas (PSOL/SP), mas apenas Ediane Maria (PSOL/SP), única mulher presente na reunião, votou pela cassação.
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A decisão gerou forte reação de Cíntia. Em um vídeo publicado no Instagram, visivelmente abalada e chorando, ela criticou duramente a postura da Alesp: “O Conselho de Ética da Alesp acaba de arquivar um pedido de cassação de um deputado investigado por agredir física e psicologicamente a própria mulher. Os senhores demonstram com isso não apenas o corporativismo dos senhores, mas também a autodefesa masculina presente na Alesp”, iniciou seu pronunciamento.
A educadora especialista em comunicação prosseguiu afirmando que os deputados “riem da sociedade” em um momento em que o país discute feminicídio. “Os senhores riem da sociedade num momento em que nós estamos discutindo tanto o feminicídio. E eu estou viva, senhores, graças a mim, porque eu denunciei. Porque eu pedi o divórcio. É por isso que eu estou viva”, argumentou ela.
Cíntia ainda lembrou a ironia do ex, que dizia ser um “homem branco” com “cara de rico” e que nada aconteceria com ele. “Os senhores estão dando as costas para a Justiça porque no meu processo judicial eu estou ganhando. Mais do que isso: os senhores acabaram de dar um tapa na cara das mulheres deste país. É nojento”, finalizou.
O caso, que foi revelado com exclusividade pelo portal LeoDias, segue na Justiça comum, onde Bove responde a investigação por violência doméstica, psicológica, ameaça, injúria e perseguição. Atualmente, ele está proibido de se aproximar da ex-esposa a menos de 300 metros.