O live-action de Death Note completa oito anos nesta segunda-feira (25). Lançado em 2017, o longa da Netflix é até hoje considerado uma das maiores decepções do streaming e um dos piores exemplos de adaptação de anime para Hollywood.
A produção foi criticada logo na estreia por ignorar elementos centrais da obra original. O caderno da morte perdeu regras importantes, as mortes foram transformadas em cenas de gore no estilo Premonição, e o protagonista Light Turner (Nat Wolff) deixou de ser um gênio manipulador para virar apenas um adolescente comum.
Outro ponto polêmico foi a mudança no shinigami Ryuk, interpretado por Willem Dafoe. No anime, ele é neutro e apenas observa os humanos, mas na versão da Netflix o personagem passa a manipular Light, descaracterizando sua função na história.
Até o duelo de inteligência entre Light e L (Lakeith Stanfield) foi prejudicado. Conhecido por seu estilo excêntrico e calculista, o detetive virou um personagem mais agressivo e até usou armas, o que frustrou os fãs.
Os erros evidentes da Netflix
O romance, que já era frágil no anime, também foi piorado. O filme deu foco à relação entre Light e Mia Sutton (Margaret Qualley), mas o casal não convenceu e consumiu espaço que poderia ter sido usado no conflito principal da trama.
A adaptação ainda recebeu críticas pela troca de ambientação: saiu o Japão, entrou Seattle, nos Estados Unidos. A mudança resultou em um elenco majoritariamente branco e sem qualquer reflexão sobre a justiça americana, tornando a escolha ainda mais polêmica.
Na trama, um estudante do ensino médio chamado Light Turner descobre um caderno misterioso. O objeto tem o poder de matar qualquer pessoa cujo nome está escrito em suas páginas. Ele, então, inicia uma campanha secreta para livrar o mundo dos criminosos.
Oito anos depois, Death Note segue lembrado como um dos maiores erros da Netflix. Para os fãs de anime, o filme é um alerta sobre como adaptações que não respeitam o material original tendem a fracassar.
2025-08-25 06:50:00