O dinheiro é um ponto-chave aqui. Ao comprar diretamente os direitos de transmissão, é provável que o YouTube não siga o seu modelo tradicional, no qual os anúncios têm a receita dividida em 45% para a empresa e 55% para o criador de conteúdo. Seria um contrato mais tradicional, mas que também abre outras portas de monetização.
A gigante da tecnologia poderia vender anúncios mais premium, dentro dos intervalos, por valores mais altos do que cobra habitualmente —e que podem chegar até para quem tem a versão paga, sem publicidade.
Para Hollywood, como um todo, é um caminho para recuperar um público que parece não se importar tanto com os filmes indicados, ou até mesmo para a tela grande de forma geral. Segundo o eMarketer, 54,3% da audiência do YouTube tem entre 18 e 34 anos. Já na ABC, a idade média do espectador é de 66 anos, de acordo com a Nielsen.
Isso em uma realidade onde a bilheteria mundial do cinema despencou de US$ 42 bilhões (R$ 230 bilhões, no câmbio atual) em 2019 para US$ 32,3 bilhões (R$ 177 bilhões) em 2024.
No fim, a entrada do YouTube pode representar um fôlego inesperado para os cinemas. Quem diria?
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2025-08-21 09:20:00