Quentin Tarantino sempre deixou claro que encerraria sua carreira após dez filmes. Por um tempo, tudo indicava que The Movie Critic seria o projeto final, uma espécie de sequência espiritual de Era Uma Vez em… Hollywood (2019). O anúncio movimentou fãs e a imprensa, mas logo depois o diretor desistiu da ideia sem dar grandes explicações. Agora, ele resolveu abrir o jogo.
Em participação no podcast The Church of Tarantino, o cineasta contou que a obra não começou como longa-metragem. Na verdade, nasceu como uma minissérie de oito episódios, que depois foi adaptada para um roteiro de cinema. O problema surgiu já na pré-produção, quando ele percebeu que não tinha tanto entusiasmo assim pelo projeto.
“Eu sabia que tinha feito, mas não queria realmente fazer tanto assim”, admitiu. Quentin Tarantino também rebateu os boatos de que teria desistido por medo de arriscar. “Não estou paralisado de medo. Confie em mim, não estou paralisado de medo”, reforçou.
Segundo ele, a maior dificuldade era conceitual: transformar uma das profissões que considera mais tediosas em algo atraente para o público. “A questão era se eu conseguiria pegar a profissão mais chata do mundo e torná-la interessante”, disse.
Quentin Tarantino quer superar expectativas
A profissão em questão era justamente a de crítico de cinema. “Todo título do Tarantino promete muito, exceto The Movie Critic. Quem quer ver um filme sobre um maldito crítico de cinema?”, provocou.
O diretor também aproveitou para desmentir os rumores de que Cliff Booth, personagem de Brad Pitt em Era Uma Vez em… Hollywood, teria uma participação no projeto. “Isso é um monte de besteira. Isso nunca foi o caso, jamais”, cravou.
No fim, Quentin Tarantino afirmou que se divertiu escrevendo, mas não via empolgação em filmar. “Eu estava animado com o roteiro, mas quando entramos em pré-produção, não estava animado em dramatizar o que escrevi.” Para ele, um último filme sutil não faria jus à sua trajetória. Seu encerramento precisa ser grandioso.
2025-08-16 15:35:00