Dólar cai nesta sexta-feira com tensões entre EUA e Brasil no radar

O dólar cai 0,04% por volta das 9h40 desta sexta-feira (8), cotado a R$ 5,42, com os investidores de olho nas tensões entre Estados Unidos e Brasil sobre o tarifaço. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às




O dólar cai 0,04% por volta das 9h40 desta sexta-feira (8), cotado a R$ 5,42, com os investidores de olho nas tensões entre Estados Unidos e Brasil sobre o tarifaço.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. O mercado deve repercutir os resultados do balanço do segundo trimestre da Petrobras, divulgados na noite de ontem.
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▶️ O mercado segue no aguardo pelos desdobramentos do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump. Embora ministros estejam em contato com autoridades norte-americanas, integrantes do governo Lula não acreditam na disposição dos Estados Unidos para negociar, prevendo até novas sanções.
▶️ Na bolsa brasileira, investidores irão avaliar o balanço da Petrobras, que reportou um lucro de R$ 26,7 bilhões no 2º trimestre de 2025, na noite desta terça, e fará a sua teleconferência de resultados às 11h.
▶️ No exterior, as bolsas europeias sobem, acompanhando o encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, com Donald Trump. A expectativa é de que o encontro resulte em um acordo diplomático que possa trazer resoluções para a guerra na Ucrânia.
▶️ Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda. Destaque para a bolsa do Japão, a Nikkei, que subiu após o anúncio de que os EUA podem reduzir os impostos sobre automóveis do país.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -2,20%;
Acumulado do mês: -3,18%;
Acumulado do ano: -12,25%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +3,09%;
Acumulado do mês: +2,60%;
Acumulado do ano: +13,50%.
Desdobramentos do tarifaço
O tarifaço imposto pelo presidente americano, Donald Trump, segue movimentando a geopolítica e economia mundial. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Vale lembrar que a sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros nos EUA entrou em vigor na quarta (6), mesmo dia em que foi anunciada uma tarifa extra de 25% sobre produtos importados da Índia, devido ao comércio do país com a Rússia.
Lula e Modi trocaram informações sobre as plataformas de pagamento virtual dos dois países, entre as quais PIX e a UPI indiana. Os EUA afirmam que PIX prejudica meios eletrônicos de pagamento de gigantes americanas de tecnologia.
Além de alinhar uma resposta ao tarifaço, Lula quer abrir mercados para produtos brasileiros na Índia e avalia uma visita ao país em 2026.
A movimentação do governo brasileiro acompanha a avaliação de que Trump não está disposto a negociar, podendo, inclusive, impor novas sanções ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar dos esforços do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), o entendimento é de que novas exceções ao tarifaço ou uma redução das sobretaxas não avance.
Isso porque esse tipo de decisão passa diretamente pela posição de Trump, que teria de apresentar ao público interno um possível ganho na negociação — a exemplo do que ocorreu com Japão e União Europeia.
Em relação ao Brasil, o presidente americano ainda colocou entre as condições para rever o tarifaço o término dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado e que, no momento, está em prisão domiciliar.
Sem um acordo em vista, por determinação de Lula, a Fazenda deve elaborar uma lista retaliações comerciais previstas dentro da Lei da Reciprocidade. A formulação dessas medidas, no entanto, deve demandar a participação de outras pastas, como Indústria e Relações Exteriores.
A lista deve ser apresentada apenas na próxima semana, sendo que uma das medidas que já havia sido ventilada nos bastidores inclui a quebra da patente de medicamentos importados.
Novo diretor do Fed
Trump anunciou nesta quinta-feira que indicará Stephen Miran, atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos, para o cargo de diretor do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. O mandato vai até 31 de janeiro de 2026 e ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
Miran assumirá a vaga deixada pela renúncia inesperada da diretora do Fed, Adriana Kugler, anunciada na semana passada, quando ela decidiu retornar ao cargo de professora titular na Universidade de Georgetown.
Trump afirmou que a Casa Branca segue em busca de um nome para preencher a cadeira da Diretoria do Fed com mandato de 14 anos, que ficará vaga em 1º de fevereiro.
Miran defende uma ampla reforma na governança do Fed, que incluiria a redução dos mandatos dos diretores, maior controle do presidente sobre a instituição e o fim da chamada “porta giratória” entre o Executivo e o banco central.
Mercados globais
As ações europeias encerraram o pregão em alta nesta quinta-feira. O índice STOXX 600 avançou 0,92%, fechando em 546,05 pontos, o maior nível em uma semana.
Entre os destaques dos mercados europeus estão o bom desempenho do setor financeiro, resultados corporativos mistos e a expectativa de um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
Nesta quinta-feira, o Banco da Inglaterra (BoE) reduziu a taxa de juros de 4,25% para 4%. No entanto, quatro dos nove membros do comitê votaram pela manutenção da taxa, devido à inflação ainda elevada.
Em uma votação apertada, o banco manteve o tom cauteloso, sinalizando que os cortes devem continuar de forma gradual. No entanto, indicou que essa sequência pode estar chegando ao fim.
Na Ásia, as ações da China subiram pelo quarto dia consecutivo e encerraram esta quinta-feira no maior patamar em três anos e meio. Os investidores reagiram positivamente aos dados de exportação, que impulsionaram a recuperação do mercado, mesmo diante de novas ameaças tarifárias dos EUA.
Enquanto isso, os investidores aguardam um possível acordo entre China e EUA até 12 de agosto, data em que termina a atual trégua tarifária entre os dois países.
Notas de dólar.
Luisa Gonzalez/ Reuters
*Com informações da agência de notícias Reuters



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