Em um movimento que une política, cidadania e enfrentamento direto à chamada “Máfia dos Reboques”, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), anunciou nesta quinta-feira (7) uma iniciativa inédita: levar a versão impressa do recém-sancionado Estatuto das Blitzes aos cidadãos fluminenses por meio de caravanas pelo estado. A proposta inclui a distribuição de cartilhas explicativas e campanhas publicitárias para esclarecer os direitos dos motoristas e combater a desinformação.
A ofensiva cidadã ocorre em meio a um acirramento político entre Bacellar e Eduardo Paes (PSD). O prefeito, cotado como pré-candidato ao governo do estado em 2026, teria tentado desqualificar através de aliados o Estatuto com o uso de fake news, segundo aliados de Bacellar. Em resposta, o presidente da Alerj denuncia a tentativa de manipulação da opinião pública com ataques infundados ao Parlamento fluminense.
Além das caravanas, Bacellar pretende lançar campanhas publicitárias explicativas. O objetivo é garantir que cada cidadão saiba exatamente o que pode — e o que não pode — acontecer durante uma blitz. Com a medida, o presidente da Alerj pretende deixar claro que o Estatuto é uma conquista do povo fluminense e que ninguém vai distorcer isso com mentiras ou interesses eleitorais.
Estatuto das Blitzes é sancionado e RJ declara guerra à Máfia dos Reboques
Cartilha contra os abusos
O Estatuto, transformado em lei estadual (Lei 10.900/2025), estabelece regras rigorosas para blitzes, como a obrigatoriedade de agentes uniformizados com bodycams, proibição de ações arrecadatórias, limite de taxas de reboque e funcionamento diário dos depósitos.
A origem: Tropa de Choque e o combate à máfia
A proposta nasceu da atuação da chamada Tropa de Choque da Alerj, formada pelos deputados Alan Lopes (PL), Filippe Poubel (PL) e Rodrigo Amorim (União). O grupo ganhou notoriedade por fiscalizações contundentes nas ruas e denúncias contra práticas abusivas de reboques e agentes de trânsito. A comissão foi prorrogada por 90 dias e tem como alvo direto a gestão do prefeito Eduardo Paes.
Mais que uma cartilha: uma disputa pelo futuro do Rio
Embora Bacellar não assuma ser candidato ao Palácio Guanabara, o embate com Paes já desenha os contornos da disputa de 2026.
2025-08-07 12:35:00