O serviço ficou em fase de testes por meses, disponível para apenas 10 mil usuários —agora, começa a ampliar essa base por meio de um grupo no Discord, que é uma plataforma de troca de mensagens. A ideia é que as pessoas comprem créditos e criem vídeos com inteligência artificial generativa que podem ser distribuídos em locais como o YouTube.
Edward Saatchi, cineasta e CEO da Fable, afirmou à Variety que a intenção não é fazer um “Toy Story barato”, citando como exemplo a clássica animação da Pixar —mas sim poderem criar novas histórias que se passam nessa franquia a partir da IA. “Tudo propriedade da Disney”, frisa. Para isso, estão atrás de acordos de licenciamento com os grandes estúdios de Hollywood.
Para comprovar o potencial da ferramenta, a Fable já produziu, em 2023, um “episódio não-autorizado” da animação South Park. No ano passado, a companhia lançou dez séries originais a partir do Showrunner.
“Os serviços de streaming de Hollywood estão prestes a se tornar entretenimento bidirecional: o público que assiste a uma temporada de uma série e a adora agora poderá criar novos episódios com poucas palavras e se tornar personagens com uma foto”, disse Saatchi à Variety. “Nossa relação com o entretenimento será totalmente diferente nos próximos cinco anos.”
Em entrevista ao site The Wrap, o executivo descreveu o que acredita ser o próximo passo para filmes e séries: a possibilidade de o espectador adicionar ações personalizadas diretamente ao que se desenrola na tela.
“Isso pode mudar a relação entre o público e o cineasta de uma forma que pode ser muito importante, em uma era em que os jogos e as mídias sociais competem bastante com o cinema. Quero que o cinema seja a forma de arte dominante pelos próximos 50 anos”, revelou. “E, neste momento, parece que os jogos estão a caminho de se tornarem a forma de arte dominante. Então, vamos contra-atacar.”
2025-08-05 12:00:00