Paulo Skaf é eleito presidente da Fiesp pela quinta vez, critica tarifaço e defende diplomacia empresarial
Júlia Zaremba/GloboNews
O empresário Paulo Skaf foi eleito nesta segunda-feira (4) presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pela quinta vez, em meio à crise do “tarifaço” e diante de novos desafios para o setor industrial.
Skaf disputou em chapa única e recebeu 99% dos votos válidos. A posse está marcada para 1º de janeiro de 2026. Ele substituirá Josué Gomes, que assumiu em 2022 e enfrentou disputas internas que quase resultaram em sua destituição.
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Após o anúncio do resultado, Skaf defendeu a adoção de uma diplomacia empresarial complementar à oficial e afirmou que a prioridade de sua gestão será preparar pequenas e médias empresas para competir e se reinventar.
“Vamos ter equipes que vão trabalhar de forma permanente para que a gente possa abrir novos mercados, explorar melhor os mercados, ter uma aproximação maior com os nossos clientes no exterior para poder vender mais, comprar mais, trazer investimentos para o Brasil, exportar mais, levar investimentos brasileiros para fora, especialmente ao mercado americano, que é importante para o Brasil”, afirmou.
O presidente eleito informou que Roberto Azevêdo, ex-diretor da OMC (Organização Mundial do Comércio), aceitou o convite para liderar o conselho de relações internacionais da entidade, com base em Nova York.
No último mês, Skaf se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas e empresários, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir o tarifaço. Ele afirmou que a sobretaxa sobre produtos brasileiros é um problema grave e que fará “tudo o que estiver ao seu alcance” para resolver a questão.
“Não temos tempo. É um assunto que precisa ser resolvido com urgência”, disse. “Espero contar com a diplomacia oficial do governo brasileiro para encontrar caminhos rápidos para que a alíquota de 50% seja reduzida.”
Ele afirmou que não planejava voltar ao comando da federação, mas acabou sendo “convocado” pelo setor produtivo. O empresário defendeu a redução dos gastos públicos e criticou a proposta de aumentar a alíquota do IOF.
Questionado sobre a possível volta do pato amarelo — símbolo da campanha da Fiesp contra o aumento de impostos e que se tornou um dos marcos de apoio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff —, Skaf respondeu que as novidades ficarão para o próximo ano.
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