Roubo de celular em Rocha Miranda tem alta de mais de 80% em um ano; entenda

Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, teve um aumento expressivo no número de roubos de celular em 2024. Foram 131 ocorrências registradas, contra 72 no ano anterior — uma alta de 81,9%. O dado é o maior dos últimos


Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, teve um aumento expressivo no número de roubos de celular em 2024. Foram 131 ocorrências registradas, contra 72 no ano anterior — uma alta de 81,9%. O dado é o maior dos últimos cinco anos, superando os registros de 2022, quando foram contabilizados 110 casos. Os dados estão disponíveis na ferramenta interativa Mapa do Crime, do GLOBO.

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Os roubos em coletivos também cresceram significativamente no bairro, que tem 36.360 habitantes segundo o último Censo. Em 2024, foram 38 casos, um aumento de 52% em relação ao ano anterior, quando houve 25 registros.

Já os roubos a pedestres tiveram uma leve alta de 2,7% — passaram de 221, em 2023, para 227, no último ano. O número, no entanto, continua bem abaixo dos patamares de 2020 e 2021, que somaram 389 e 313 casos, respectivamente.

Em contrapartida, os roubos de veículos apresentaram queda em 2024. Foram registrados 130 casos neste ano, contra 149 no ano anterior — uma redução de 12,8%. Apesar da melhora, o número ainda é elevado em comparação a 2020, quando ocorreram 110 registros.

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Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?

Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — se refere à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.

Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.

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Entenda o que é o Mapa do Crime

Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Qual é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.

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A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.

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* estagiária sob supervisão de Rafael Galdo.



Conteúdo Original

2025-07-29 16:00:00

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