A tenista ucraniana Lesia Tsurenko disse que “buscará justiça no tribunal” após alegar ter sofrido “abuso moral” de um alto funcionário da WTA. A atleta de 35 anos tem falado frequentemente sobre os problemas de competir no circuito desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Ela desistiu de uma partida em Indian Wells em 2023 contra a bielorrussa Aryna Sabalenka após um ataque de pânico após conversar com o então presidente-executivo da WTA, Steve Simon.
Tsurenko enfrentou Sabalenka na terceira rodada do Aberto da Austrália de 2024, perdendo por 6-0 e 6-0. Ela não participa do circuito desde novembro do ano passado e atualmente ocupa a 239ª posição no ranking mundial. Em agosto de 2024, Simon foi substituída por Portia Archer como CEO da WTA.
“Falei sobre isso aberta e diretamente. Tentei buscar proteção e justiça dentro da WTA”, escreveu Lesia no X. “Mas, em resposta, enfrentei indiferença e injustiça, o que levou a um declínio moral prolongado.”
Ela alega que sofreu “dor, medo, ataques de pânico, humilhação, ocultação de informações e assédio à minha equipe” em uma tentativa de silenciá-la.
“Mesmo nos meus piores pesadelos, eu não conseguia imaginar que a liga profissional, que eu considerava meu lar, se tornaria um lugar assustador e estranho, onde o CEO […] conscientemente cometeu um ato de abuso moral contra mim, levando a um ataque de pânico e à incapacidade de fazer meu trabalho”, postou Lesia.
“O circuito WTA se recusou a proteger uma mulher, uma jogadora, um ser humano. Em vez disso, o circuito WTA optou por proteger uma pessoa em posição de liderança. Minha última chance de me defender, de defender meus direitos, minha dignidade e de impedir tais atos de violência no esporte é buscar justiça nos tribunais.”
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Mulher andando de bicicleta em meio a destroços após bombardeio na vila Novopavlivka, na Ucrânia — Foto: Roman PILIPEY / AFP
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Bombeiros apagando incêndio em prédio após ser atingido por míssil, em Poltava, na Ucrânia — Foto: Sergey Bobok / AFP
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Mulher limpando destroços de prédio após ataque de míssil em Izyum, na região de Kharkiv na Ucrânia — Foto: Roman Pilipey / AFP
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Homem filma escombros de um shopping em Kharkiv, na Ucrânia, após ataque de drone — Foto: SERGEY BOBOK / AFP
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Moradores de Poltava, na Ucrânia, limpando escombros de prédio após ser atingido por míssil — Foto: Sergey Bobok / AFP
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Militar ucraniano em meio aos destroços de prédio, após ataque de míssil em Izyum, na Ucrânia — Foto: Roman PILIPEY / AFP
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Equipes de resgate trabalham em escombros de prédio atingido por míssil russo em Poltava, na Ucrânia — Foto: SERGEY BOBOK / AFP
Imagens mostram escombros das cidades ucranianas após recentes ataques da Rússia
A WTA disse à AFP nesta quinta-feira que negou as afirmações de Lesia, insistindo que, embora sempre tenha condenado o ataque russo à Ucrânia, assumiu a posição de que “atletas individuais não devem ser penalizados pelas ações de seus governos”.
A WTA acrescentou que, embora tenha “a maior simpatia” pelos desafios enfrentados por Lesia e outras atletas ucranianas, “estamos decepcionados que ela tenha decidido entrar com um processo para tentar responsabilizar a WTA por sua angústia”.
“Em todos os momentos, a WTA e sua administração agiram adequadamente e de acordo com nossas regras, e estamos confiantes de que venceremos este litígio”, concluiu o comunicado.