Guerra entre facções no Ceará gera recorde de homicídios

O estado do Ceará vive uma escalada de violência que expõe, com brutal clareza, o colapso das políticas nacionais de enfrentamento ao tráfico internacional de drogas adotadas pelo governo Lula. Em 2024, o estado registrou a maior taxa de homicídios


O estado do Ceará vive uma escalada de violência que expõe, com brutal clareza, o colapso das políticas nacionais de enfrentamento ao tráfico internacional de drogas adotadas pelo governo Lula. Em 2024, o estado registrou a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do Brasil, com 34,42 mortes, mais que o dobro da média nacional. Nos primeiros cinco meses de 2025, mais de mil assassinatos já foram contabilizados, consolidando o Ceará como epicentro de uma crise que mistura disputa territorial, tráfico transnacional e ausência de respostas eficazes por parte do governo federal.

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Porta de saída do tráfico internacional

O governador Elmano de Freitas, declarou nesta quarta-feira (9) que o Ceará tornou-se um dos principais corredores logísticos do tráfico de drogas que chegam da Colômbia e do Peru, atravessam o Brasil e têm como destino final Estados Unidos e Europa. A localização estratégica do estado — com porto próximo à Europa e aeroporto com voos internacionais — transformou o território em uma rota privilegiada para o escoamento da cocaína sul-americana.

Essa dinâmica internacional, que deveria ser enfrentada com inteligência e cooperação entre países, tem sido negligenciada. Apesar de declarações do presidente Lula sobre “jogar pesado contra o crime organizado” e fortalecer parcerias com a Interpol, o país segue como plataforma de exportação de drogas, com facções como o PCC operando em 28 países e expandindo suas redes logísticas e financeiras.

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Sete facções em guerra: 90% dos homicídios têm nome e endereço

A violência no Ceará não é difusa — ela tem protagonistas. De acordo com o governador, sete facções criminosas disputam território no estado, e 90% dos homicídios são resultado direto desses confrontos. Ao contrário de outros estados onde uma única facção domina, o Ceará vive uma guerra fragmentada, onde jovens são recrutados como soldados em batalhas sangrentas por ruas, comunidades e acessos estratégicos.

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Políticas federais falham, facções avançam

Enquanto o governo federal aposta em ações pontuais — como envio da Força Nacional e operações em portos e aeroportos —, o tráfico se reinventa com submarinos não tripulados, rotas aéreas clandestinas e lavagem de dinheiro em imóveis de luxo. O Ceará, por sua vez, prende cerca de 100 pessoas por dia, mas enfrenta dificuldades com solturas judiciais e reincidência.

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O que está em jogo

A crise no Ceará é um retrato ampliado de um problema nacional: o Brasil tornou-se hub logístico do narcotráfico global, e a ausência de uma política integrada de segurança pública, inteligência e cooperação internacional está custando vidas. O estado, que deveria ser vitrine de desenvolvimento e inovação, hoje é palco de uma guerra silenciosa — alimentada por cocaína, negligência e disputas que não respeitam fronteiras.

Se o governo federal não assumir a responsabilidade que lhe cabe, o Ceará continuará sangrando. E com ele, a credibilidade de um país que prometeu enfrentar o crime organizado, mas ainda não saiu da retórica.



Conteúdo Original

2025-07-10 07:00:00

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