Estádio de São Januário Leandro Amorim / Vasco da Gama
Rio – Após o Conselho Deliberativo aprovar a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), o Vasco vive a expectativa por avanços na venda do potencial construtivo de São Januário. O dinheiro será utilizado para viabilizar a forma do estádio, que estava prevista para começar no início deste ano, mas não aconteceu conforme planejado.
O Vasco segue em reuniões frequentes com a Prefeitura para garantir que esteja apto para receber o Termo de Potencial Construtivo Transferível assim que o registro da SPE for emitido. Segundo o “ge”, o Vasco tem 280 mil m² disponíveis para venda de potencial construtivo. Desse espaço, 50 mil m² já foram negociados e há conversas avançadas para uma outra parte considerada “significativa”.
A Sociedade de Propósito Específico (SPE) é uma empresa controlada pelo Vasco que irá emitir, vender e receber os recursos pelos certificados do potencial construtivo de São Januário, além de toda a operação do processo da reforma. Essa sociedade terá apenas o Vasco como sócio e será responsável por aplicar esses recursos na obra.
Reforma de São Januário
O projeto para o estádio foi desenvolvido pela WTorre, na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, e realizado pelo arquiteto Sérgio Dias. O custo da obra inicialmente foi de R$ 506 milhões, mas não teve um martelo batido em relação ao orçamento da reforma. Há um estudo econômico em andamento para a definição da verba.
No projeto inicial, a capacidade de São Januário passaria para 47.383 pessoas, sendo 32.743 em pé na arquibancada. A diretoria vem recebendo consultorias para fazer um planejamento financeiro, mas ainda trabalha com um número entre 43 e 57 mil torcedores. Estão previstas também as construções de duas torres na fachada histórica da sede do Vasco, assim como um novo ginásio poliesportivo.
Além da reforma do estádio, há uma obrigação por lei para que 6% do valor arrecadado com o potencial construtivo sejam utilizados para obras no entorno de São Januário. Na primeira reunião técnica em fevereiro, o Vasco apresentou um projeto inicial à Prefeitura com soluções e intenções de melhorias para a região. O projeto será feito em diálogo direto com o órgão público.
O que é o potencial construtivo?
O potencial construtivo diz o quanto de m² pode-se construir no terreno, respeitando a zona da cidade. São Januário, por exemplo, está localizado em uma região que permite um grande potencial construtivo, mas não o utiliza em sua totalidade.
Por isso, o projeto de lei visa transferir essa “sobra” para que sejam construídos prédios com gabaritos maiores do que o permitido em terrenos especialmente na Barra da Tijuca, na Zona Oeste (RJ), e na Avenida Brasil.
O Vasco garante já ter interessados em adquirir essa transferência, para ter a liberação para construir empreendimentos nesses duas regiões.