Uma marca de palma da mão na janela dos fundos, submetida a análises com técnicas modernas de identificação, levou à resolução de um dos casos criminais mais misteriosos da História do Reino Unido. Mais de 50 anos após o assassinato da inglesa Louisa Dunne, aos 75 anos, Ryland Headley foi sentenciado nesta terça-feira à prisão perpétua pelo crime. O crime aconteceu em 1967, quando a mulher foi estuprada e estrangulada dentro da própria casa, em Bristol.
O caso ficou sem solução por décadas, e nenhum suspeito havia sido apontado até os dias atuais. A polícia britânica prendeu Headley, de 92 anos, com base em novas análises de impressões palmares e exames de DNA.
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Na época do crime, investigadores recolheram milhares de impressões digitais de homens e adolescentes da região e identificaram uma marca de palma numa janela dos fundos. O material, no entanto, não levou a ninguém.
No entanto, durante a revisão do processo arquivado, no ano passado, a polícia identificou o idoso, hoje com 92 anos, como suspeito. Ele já havia sido condenado por estupro. Após a reabertura do caso, Headley foi preso e respondeu por estupro e assassinato, segundo a rede inglesa BBC. Ele nega todas as acusações.
A nova perícia foi conduzida por três especialistas. Elizabeth Hobbs afirmou ter encontrado 13 características coincidentes entre a impressão da cena e a do acusado. O segundo perito, Neville Williams, inicialmente excluiu Headley como autor da marca. Posteriormente, ao revisar o trabalho com Hobbs, percebeu que havia começado a comparação pela área errada da palma.
Na nova análise, encontrou 19 pontos coincidentes e concluiu que a impressão pertencia ao suspeito. Um terceiro especialista chegou à mesma conclusão.
Além das impressões, exames de DNA realizados em amostras colhidas do corpo da vítima apresentaram uma correspondência considerada de um bilhão para um, apontando alta probabilidade de serem de Headley.
A defesa do acusado argumentou que houve contradições entre os peritos e que as impressões poderiam ser inconclusivas. Os especialistas, porém, afirmaram que, após a reavaliação, estavam seguros sobre a identificação.
A sentença de pena perpétua para o acusado foi anunciada nesta terça-feira.
2025-07-02 04:01:00